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Líder de quadrilha presa por tráfico agia dentro da Penitenciária de BH

Uma quadrilha de tráfico de drogas que atuava em Belo Horizonte, principalmente na Região do Barreiro, e em outras cidades da região metropolitana foi desarticulada durante a Operação Fenômeno, do Departamento de Investigações Antidrogas (DIA). A gangue que estava com cerca de 20 quilos de crack e cocaína pronta para o consumo foi apresentada na tarde desta segunda-feira. Segundo o delegado Marcos Vignolo Alves, os líderes são Carlos Alberto José Soares, o Coxinha, de 32 anos, e Jair Gomes Trindade Neto, conhecido como "Soneca", de 24, que comandavam o esquema de dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

O policial explicou que cada quilo das drogas apreendidas é vendido a R$ 10 mil. "O lucro seria de R$ 200 mil se a droga fosse vendida no atacado. Porém, no varejo, esse valor pode chegar a R$ 500 mil, em função do risco ao vender, da mistura de outros produtos e da venda fracionada em pequenas porções, fatores que aumentam o lucro dos traficantes". Antes de chegar a Belo Horizonte a droga passou pelo Mato Grosso e São Paulo.

[SAIBAMAIS]Marcos Alves afirmou também que os principais integrantes do grupo estão presos. O Coxinha disse que não conhece nenhum dos presos e negou participação no tráfico de drogas. "Estou preso há 10 meses por causa de um sequestro. Eles estão é complicando minha vida, não tenho envolvimento nenhum com o tráfico".

Os outros presos são Euder Coimbra Teixeira, o Tio Chico; Djeilson de Oliveira, conhecido como Ceará, de 31; César Venâncio de Souza, Cezinha, de 37; Fabiano da Silva, de 28; Daniela Rodrigues Fernandes, de 24; Karichelle Stephania Camilo da Silveira, a Michele, de 24; Deoclécio Paranhos de Mattos, chamado de Juninho, de 23; Paulo Henrique Alves Ferreira, o Paulão, de 34; Bianck Rodrigues Cândido, de 23; Grasiele Maria das Dores, apelidada de Bia, de 23; Leni Eliza da Silva, a Nir, de 34; Glauco Paulino Oliveira Santos, o Jovem, de 23; Willer Pablo Rodrigues da Silva, conhecido por Willian, de 23; e Rosimeire Francisca Simião, Meire, de 36.

Conforme o delegado, Rosimeire pegava a droga e entregava em seus destinos. Já as outras mulheres vendiam a outros traficantes de menor potencial e a usuários. "Já o Glauco era o principal comprador da droga". O suspeito alega que é inocente. "Não tenho nada a ver com isso. Fui acusado de homicídio, mas fui declarado inocente". Os demais acusados não quiseram se manifestar.