postado em 06/12/2011 14:36
Na Semana Nacional de Acessibilidade e Valorização da Pessoa com Deficiência, apesar de uma série de conquistas a comemorar, os brasileiros ainda têm muitos desafios a enfrentar. A comemoração é pela execução de ações para melhorar a qualidade de vida e os desafios referem-se basicamente à necessidade de ampliar essas medidas. O alerta é do secretário nacional de Promoção da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Antônio José Ferreira.Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Ferreira defendeu a integração dos órgãos federais, estaduais e municipais. Segundo ele, é fundamental também que as autoridades planejem as ações referentes à Copa do Mundo de 2014 como projetos permanentes e que ajudarão na melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência.
;Nós temos essa preocupação;, disse Ferreira, lembrando que o programa Minha Casa, Minha Vida 2 projetou todas as unidades com acessibilidade interna e espaço para circulação de cadeiras de rodas, por exemplo. ;Temos a preocupação de sair dos grandes centros [urbanos] e chegar às cidades pequenas.;
O secretário lembrou que no Brasil há aproximadamente 45 milhões de pessoas ;com algum tipo de deficiência;. O próprio Ferreira é deficiente visual e disse que é necessário observar que as pessoas com deficiência têm necessidades distintas, conforme as limitações que apresentam. ;A presidenta Dilma lançou o programa Viver sem Limite, que é um grande programa de integração de políticas envolvendo 15 ministérios em diversas ações até o final de 2014;, ressaltou Ferreira.
Ele disse ainda que, apenas no Viver sem Limite, deverão ser investidos R$ 7,6 bilhões, garantindo a ampliação de condições para a inclusão social ; acesso à educação e à saúde, por exemplo. Segundo ele, estão sendo providenciados 2,6 mil ônibus escolares adaptados, além da contratação de professores que são intérpretes de língua brasileira em sinais.
De acordo com o secretário, serão abertas 150 mil vagas de qualificação profissional e 45 novos postos de habilitação para atender a pessoas com deficiências físicas, visuais e intelectuais, que terão também condições de realizar o chamado teste do pezinho ; um exame feito em laboratório para identificar doenças infecciosas e genéticas.