Brasil

Goleiro Bruno é levado a Departamento da Civil para prestar depoimento

Segundo as primeiras informações da Polícia Civil, ele será ouvido por causa das ameaças sofridas pela juíza Marixa Rodrigues

Estado de Minas
postado em 20/12/2011 14:54

O goleiro Bruno Fernandes, acusado de participação no desaparecimento e morte da ex-amante Eliza Samudio, está sendo ouvido na tarde desta terça-feira no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), no Bairro Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte. De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil, o motivo do depoimento seria sobre as ameças feitas por outro réu do processo, o ex-policial civil Marcos Aparecido, o Bola, contra a juíza Marixa Rodrigues.

De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Social (Seds), Bruno saiu da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, por volta das 14h e foi encaminhado para o Deoesp. Ele foi escoltado por agentes da Comando de Operações Especiais (Cope). O atleta está sendo ouvido pelo delegado Wilson Oliveira

As ameças feitas por bola vieram à tona em abril deste ano. Um detento, que dividia a cela com Marcos Aparecido na Penitenciária Nelson Hungria, contou os planos do ex-policial de fazer uma série de assassinatos. Segundo o homem, o primeiro nome da lista seria o da juíza Marixa Fabiane, que preside o processo do sequestro, morte e ocultação do corpo de Eliza Samudio. Em seguida, vem o delegado Edson Moreira, que comandou as investigações do caso e foi o responsável pela prisão de Bola, Bruno, Macarrão e outros acusados. Além de José Arteiro, que atua como assistente de acusação do caso.

Relembre o Caso Bruno

De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.

Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.

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