O goleiro Bruno Fernandes, acusado de participação no desaparecimento e morte da ex-amante Eliza Samudio, está sendo ouvido na tarde desta terça-feira no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), no Bairro Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte. De acordo com as primeiras informações da Polícia Civil, o motivo do depoimento seria sobre as ameças feitas por outro réu do processo, o ex-policial civil Marcos Aparecido, o Bola, contra a juíza Marixa Rodrigues.
De acordo com a Secretaria Estadual de Defesa Social (Seds), Bruno saiu da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, por volta das 14h e foi encaminhado para o Deoesp. Ele foi escoltado por agentes da Comando de Operações Especiais (Cope). O atleta está sendo ouvido pelo delegado Wilson Oliveira
As ameças feitas por bola vieram à tona em abril deste ano. Um detento, que dividia a cela com Marcos Aparecido na Penitenciária Nelson Hungria, contou os planos do ex-policial de fazer uma série de assassinatos. Segundo o homem, o primeiro nome da lista seria o da juíza Marixa Fabiane, que preside o processo do sequestro, morte e ocultação do corpo de Eliza Samudio. Em seguida, vem o delegado Edson Moreira, que comandou as investigações do caso e foi o responsável pela prisão de Bola, Bruno, Macarrão e outros acusados. Além de José Arteiro, que atua como assistente de acusação do caso.
Relembre o Caso Bruno
De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.
Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.