Estado de Minas
postado em 22/12/2011 14:17
Durante depoimento na manhã desta quinta-feira, a noiva do goleiro Bruno, Ingrid de Oliveira, negou a participação no suposto plano do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, de assassinar a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, o delegado Edson Moreira, e os advogados Ércio Quaresma e José Arteiro. A dentista foi ouvida por cerca de uma hora pelo delegado Wilson Luiz de Oliveira no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), no Bairro Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte.O plano do ex-policial foi revelado em abril deste ano, por um detento que dividia a cela com ele na Penitenciária Nelson Hungria. De acordo com o homem, os assassinatos contariam com a participação de traficantes do Rio de Janeiro. O traficante apontado pela polícia é Antônio Francisco Bonfim Lopes, o ;Nem;, de 35 anos, preso em novembro deste ano quando fugia da Favela da Rocinha, onde comandava o tráfico de drogas.
O advogado de Oliveira, Francisco Cimin, afirmou que Ingrid não conhece o Nem e também desconhece o caso. Bola será ouvido nesta quinta-feira, às 14h30, também no Deoesp.
Relembre o Caso Bruno
De acordo com o inquérito, Eliza e a criança, suposto filho do goleiro, foram sequestrados por Luiz Henrique Romão e Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, no Rio de Janeiro, e trazidos para o sítio do atleta, em Esmeraldas, na Grande BH, em 4 de junho. A vítima teria sido mantida em cárcere privado até o dia 10, quando teria sido morta em outro local. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher, Dayanne de Souza.
Bruno, Macarrão e Sérgio respondem por sequestro e cárcere privado (pena de 1 a 3 anos), homicídio qualificado ( 12 a 30 anos) e ocultação de cadáver (1 a 3 anos). Bola é acusado de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Em liberdade, Fernanda Gomes de Castro responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Dayanne, Wemerson Marques de Souza e o caseiro do sítio, Elenilson Vitor da Silva, são acusados de sequestro e cárcere privado do menor.