postado em 26/12/2011 08:00
O delegado titular da 16; DP (Barra da Tijuca), no Rio de Janeiro, Fernando Reis, anunciou ontem que promoverá uma acareação entre o jogador Adriano, do Corinthians, e Adriene Cyrilo Pinto, baleada na mão esquerda por um tiro disparado de uma pistola calibre .40, dentro do carro do atacante, na madrugada de sábado. Reis informou que o encontro será realizado assim que a mulher deixar o hospital. Segundo o delegado, os depoimentos são contraditórios. Enquanto o atleta alega que estava sentado no banco do carona, a estudante de 20 anos é a única a dizer que Adriano estava na parte traseira do veículo e que o atleta foi o autor do disparo, que teria sido acidental.A perícia feita no automóvel, um BMW modelo 550i, constatou que quem atirou na vítima encontrava-se, obrigatoriamente, no banco traseiro do veículo. Uma nota divulgada ontem pela Polícia Civil informou que as seis pessoas que estavam no carro do jogador já foram ouvidas, além de uma pessoa que estava em um veículo atrás do carro de Adriano e dois policiais militares.
Os depoimentos do tenente reformado da PM e segurança de Adriano, Júlio César Barros, das amigas do jogador Andréa Ximenes e Daniele Penna, além de Viviane Faria de Fraga, amiga de Adriene, contradizem a versão da vítima e asseguram que Adriano estava no banco do carona. Todas as testemunhas afirmaram que a própria vítima se feriu brincando com a arma. ;Há contradições nos relatos. Adriano, o segurança e duas amigas afirmam que foi Adriene quem fez o disparo. Uma amiga da vítima, Viviane Faria, diz não se lembrar quem fez o disparo. Adriene admitiu ter manuseado a arma, mas que ela estava na mão de Adriano quando disparou;, conta o delegado Fernando Reis.
Na tarde de sábado, Adriano esteve no hospital Barra D; Or, onde a jovem está internada, para prestar depoimento. Antes de realizarem a perícia no carro, agentes do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) colheram material nas mãos do atacante e da vítima para verificarem resíduos de pólvora. A bala que atingiu a mulher também foi recolhida para analisar a direção de origem do tiro.
A equipe médica do hospital divulgou que Adriene deve passar por uma cirurgia de reconstrução do osso do dedo indicador da mão esquerda amanhã ; o procedimento ocorreria no sábado, mas foi adiado. Os profissionais da unidade afirmaram que a bala não atingiu artérias nem o tendão, mas que é ainda não é possível afirmar se ela ficará com sequelas. Adriene está internada em um quarto do hospital, em estado estável, e não recebeu a visita de parentes ontem.
Confusão
Na madrugada de sábado, Adriano estava na boate Barra Music, com duas amigas, e chamou outras duas mulheres para o camarote que ocupava. Ele deixou o local acompanhado das quatro e do seu segurança. Por volta das 6h, houve o disparo dentro do carro do atleta. Adriano teria tirado a camisa e enrolado na mão de Adriene. Em seguida, teria saído do veículo, entrado em um conduzido por outro segurança, e pedido que a vítima fosse levada ao hospital. A amigos, o atleta teria negado a autoria do disparo. Segundo ele, Adriene estava no banco de trás, brincando com a arma, que pertence ao seu segurança, Júlio César Barros.
A mais nova polêmica envolvendo o atacante Adriano ganhou destaque em jornais internacionais. Na Itália, onde o Imperador, como ficou conhecido, já passou por Inter, Roma, Fiorentina e Parma, o La Gazzeta Dello Sport e o Corriere dello Sport publicaram o caso. O incidente também foi notícia no diário Olé, da Argentina, e no espanhol Marca.
Opinião do internauta
Leitores do Correio comentam a nova polêmica envolvendo o atacante Adriano
Exame
;É fácil descobrir se foi o Adriano: e só submetê-lo a exame clínico para saber ser há vestígio de pólvora nas mãos e realizar o mesmo exame também no segurança do jogador.;
Renan Alexander
Polêmicas
;Nada me espanta se daqui a uns tempos, esse cara for preso. A cada vez ele se envolve em uma polêmica mais séria.;
Luiz Marinho
Esperteza
;Esse Adriano não é nem um pouco esperto.;
Nelson Borges
Impunidade
;Não vai dar em nada, mas será que ninguém viu como foi?;
Saulo Campos
Prisão
;Em um país sério, Adriano pegaria até cinco anos de prisão, mas aqui é perigoso algum perito afirmar que a arma disparou sozinha.;
Marcelo Mexicano