Brasil

Moradora de Uberlândia encontra tecido orgânico em suco e exige explicação

Fernanda Penna Borges
postado em 05/01/2012 16:37


O que era para ser uma simples degustação de suco virou motivo de susto e repulsa em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A técnica de enfermagem Maria Olímpia de Oliveira, de 48 anos, comprou uma caixa de suco da empresa Sococo em uma mercearia da cidade, e, ao abrir o produto, se surpreendeu com um tecido orgânico, semelhante a um fungo que pesa aproximadamente entre 60 e 70 gramas. A caixa foi aberta em uma companhia de policiais militares para não levantar suspeitas de violação do produto. Além de registrar um boletim de ocorrência, a consumidora procurou o Procon e a Vigilância Sanitária para que sejam feitos testes que identificarão o material. ;Procurei a polícia para comprovar que eu não havia violado a embalagem;, disse.

A técnica afirmou ainda que o produto estava lacrado e dentro do prazo de validade, mas disse que não faz ideia do que possa ter acontecido. ;Não sei o que é, mas parece um fungo, um pedaço de carne podre, é muito assustador ;. Outra preocupação de Maria Olímpia é o fato do filho de 16 anos ter bebido parte o produto."Ele notou um gosto estranho e ainda desconfiou da coloração, que estava amarelado demais para um suco de uva, além disso, depois de esvaziar a caixa, nós detectamos que havia algo dentro, como se fosse uma pedra;, disse. Maria Olímpia também afirmou que o filho sentiu um desconforto após ingerir o suco, mas não procurou atendimento médico porque não houve maiores complicações.

A empresa Sococo, responsável pela fabricação do produto, com sede em Maceió (AL), informou por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) que não houve reclamação formal sobre a situação e que aguarda o contato da consumidora para que as providências sejam tomadas. A empresa também adiantou que não há registro de casos semelhantes e há a possibilidade de a caixa ter furado durante a estocagem, permitindo a entrada de micro-organismos. A empresa também informou que em casos de reclamações, um representante da marca é enviado até a casa do consumidor, o produto é recolhido e periciado. A empresa informou ainda que o consumidor é ressarcido no ato da visita do técnico ao local.

Análise
O superintendente do Procon em Uberlândia, Franco Alves, disse que o material foi recolhido e encaminhado para a Vigilância Sanitária, que deve emitir um parecer sobre a situação num prazo de 30 dias. O responsável pelo órgão de defesa do consumidor também informou que dependendo do resultado da análise, a empresa responsável pela fabricação do produto pode ser multada e ainda obrigada a adotar novos padrões de produção e procedimentos preventivos para que a situação não volte a se repetir. "Mas a maior preocupação nesses casos é com o consumidor que foi exposto a riscos", ressalta. Em relação às advertências, o Procon informou que as multas aplicadas nas empresas variam de R$ 200 a R$ 3 milhões, o que vai depender de vários fatores, como reincidência da empresa, faturamento anual, grau de gravidade, entre outras.

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