Brasil

Defesa Civil pede a moradores de Itaperuna que deixem suas casas

postado em 08/01/2012 13:15
Rio de Janeiro - Com a chuva que voltou a atingir as regiões norte e noroeste do Rio de Janeiro na noite de ontem (7) e madrugada de hoje (8), a Defesa Civil do município de Itaperuna está orientando as pessoas que moram em áreas de encostas que deixem suas casas o mais rápido possível, por conta dos riscos de novos deslizamentos.

De acordo com o secretário municipal de Defesa Civil, major Joelson Oliveira, durante a madrugada deste domingo houve deslizamento de terra no bairro de São Mateus e, de manhã, nova ocorrência foi registrada no bairro Aeroporto. Em nenhum dos casos houve vítimas.

;A previsão era que caíssem 30 milímetros de chuva, mas foi mais que isso. Choveu na madrugada mais de 120 milímetros. Nossos córregos transbordaram e o Rio Muriaé, que ainda não tinha voltado à sua calha mas estava baixando, voltou a subir. Além disso, nossas áreas de morro e encosta estão bastante instáveis, então estamos solicitando que as pessoas que moram nesses locais saiam de suas casas hoje e procurem casas de parentes ou abrigos;, alertou.

Segundo o major Oliveira, há na cidade 106 desabrigados e 3 mil desalojados. Ao todo, foram montados sete abrigos. ;Como a cidade de Itaperuna sofre há décadas com o problema das enchentes, as pessoas estão acostumadas a procurar ajuda na casa de parentes e amigos, então ainda há espaço nos abrigos para quem precisar;, avisou. Ele informou que o nível do Rio Muriaé neste domingo atinge 6,5 metros, mas do que os 5,10 metros que são o patamar de transbordo.

Coordenando uma equipe de 15 voluntários da Cruz Vermelha que atuam na cidade, Maria das Graças Santos, contou que há locais em que o acesso é difícil por causa dos alagamentos. ;Para levar ajuda, como alimentos e outros insumos, ao bairro de Retiro de Muriaé, onde há famílias ilhadas, foi preciso o auxílio de homens do Corpo de Bombeiros. Tivemos que dar a volta pelo município de Laje do Muriaé para chegar até lá;, acrescentou.

Segundo ela, os voluntários visitam abrigos e prestam assistência a pessoas que não podem sair de casa, levando comida, água, colchões e bombas de purificação, entre outros itens.

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