Brasil

Vice-prefeito de Além Paraíba diz que cidade parece cenário de guerra

Pedro Ferreira
postado em 10/01/2012 14:33

O cenário de devastação pela chuva em Além Paraíba, na Zona da Mata de Minas, impressiona autoridades. De acordo com vice-prefeito e secretario de obras, Oberdan Moreira Rocha é como se uma bomba tivesse destruído na cidade. As águas do Ribeirão Limoeiro arrastaram casas e inundaram ruas. Segundo o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Luís Carlos Dias Martins, 40% dos municípios que decretaram situação de emergência ficam na Zona da Mata, região onde, em apenas nove dias, já choveu 70% do esperado para o mês de janeiro.

O Estado de Minas percorreu distritos e bairros de Além Paraíba e presenciou a tentativa dos moradores de restabelecer a normalidade da cidade coberta por lama. O local foi atingido por um temporal que matou três pessoas na madrugada de segunda-feira. A Defesa Civil montou um sistema de comando de operações na cidade com objetivo de monitorar o retorno do abastecimento de água, luz e reestruturação de estradas de acesso ao município. Máquinas trabalham nas BRs 393 e 116 para limpeza, liberação das pista e principalmente no fechamento de uma cratera no km 801 da 116, no distrito de Marinópolis.

[SAIBAMAIS]A Vila Mareca é um dos bairros mais atingidos. Casas de até dois andares foram arrastadas por mais de 20 metros pelas águas do ribeirão. A prefeitura acredita que cerca de 800 casas foram inundadas. As ruas desapareceram debaixo da água e moradores ainda não conseguiram limpar os imóveis. De acordo com coronel Martins, muitas cidades da Zona da Mata se desenvolveram no entorno de rios e hoje são atingidas por fortes enchentes quando o nível das águas sobem. ;As forças da natureza e os desastres vêm cada vez piores;, afirma o coronel.

Alerta
De acordo com a Defesa Civil há possibilidade de Além Paraíba ser atingida por nova inundação porque um dique na zona rural ameaça romper. O volume de água seria suficiente para ;varrer; bairros do município. Geólogos enviados pelo governo federal estão na região para avaliar riscos de deslizamentos de terra e a possibilidade de remoção de moradores.

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