Brasil

Tetravalente passa a incluir o imunizante contra a hepatite B

postado em 19/01/2012 07:29
A partir de agosto, o calendário de vacinação infantil sofrerá alteração. O Ministério da Saúde anunciou na quarta-feira (18) que dois novos imunizantes serão incluídos. Com a novidade, em vez de as crianças tomarem as duas primeiras doses do composto contra a poliomielite em gotinhas, as aplicações passarão a ser injetáveis. Em compensação, será eliminado o uso de seringas para a vacina contra a hepatite B. A proteção contra a doença será incluída na mesma dose da tetravalente, que passará a ser chamada de pentavalente e protegerá contra difteria, tétano, coqueluche e outras infecções causadas pelo vírus Haemophilus influenzae tipo B.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a mudança tem dois objetivos. No caso da pentavelente, o propósito é combinar as vacinas, diminuindo a quantidade de injeções e de visitas aos postos, reduzindo os gastos do governo. A nova medida significa uma economia anual no preço da vacina de R$ 700 mil. Em quatro anos, a pentavalente deverá ser transformada em heptavalente, agregando a poliomielite ativada e a meningite C conjugada.

Já a imunização injetável contra a pólio terá o vírus inativo, ao contrário das gotinhas, nas quais há uma forma atenuada do micro-organismo. A diferença é que o uso das seringas elimina o risco de as crianças desenvolverem paralisia infantil. ;É um efeito muito raro, que ocorre principalmente na primeira e na segunda etapa da vacinação;, diz Barbosa. No ano passado, foram notificadas duas reações do gênero. ;Continuaremos a utilizar a vacina até que a gente consiga uma eliminação geral;, pontua o secretário, acrescentando que a terceira e última dose antipólio continuará sendo via oral. ;O Zé Gotinha continua vivo e ativo;, ressalta. Ainda existem casos de pólio em 24 países, sendo endêmicos apenas no Afeganistão, na Índia, na Nigéria e no Paquistão.

HPV
O ministério estuda ainda a viabilidade de incluir no calendário vacinas contra a hepatite A, a catapora e o vírus do papiloma humano (HPV). De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é preciso desenvolver um composto contra o HPV que tenha maior aderência para jovens e adolescentes, que não seja de três doses, como a que existe hoje. ;Interessa introduzir a vacina de um perfil mais amplo de proteção maior;, afirma.

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