Três prédios desabaram no centro do Rio de Janeiro, próximo ao Theatro Municipal, na região da Cinelândia, por volta de 20h30 dessa quarta-feira (25). A região está interditada e, de acordo com a Defesa Civil, há ao menos 11 vítimas no local. Informações ainda não confirmadas destacam que dois corpos foram retirados dos escombros.
O Secretário Municipal de Saúde do Rio Jacob Kligerman confirmou o resgate de cinco vítimas. Um homem de 50 anos, dois de 37, um de 31 e uma mulher de 30 anos. Um zelador e um operário que estava dentro de um elevador saíram do local sem ferimentos graves.
O operário, Alessandro da Silva Fonseca, ficou preso quando tentava escapar. "Está me faltando ar, não posso respirar, há muita poeira", disse ele por telefone celular. Após cerca de duas horas, ele foi resgatado.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, ainda é cedo para afirmar que uma explosão causou os desabamentos. ;Por enquanto isso é só especulação. Não está descartada nenhuma hipótese, mas a de vazamento de gás é muito pequena. É muito provável que tenha sido um problema estrutural;, disse.
Por volta de meia noite, Eduardo Paes confirmou que três prédios desabaram, e não dois, como foi divulgado anteriormente. Os prédios foram o Edifício Liberdade, que tinha 20 andares, o Edifício Colombo, que tinha 10, e um sobrado de 4 andares que ficava entre os dois maiores.
Os escombros atingiram uma grande área, inclusive a estrutura de prédios vizinhos. Cerca de 30 pessoas que estavam em um prédio ao lado do que desabou precisaram ser resagatas pelo Corpo de Bombeiros.
Um jovem que passava pelo local contou o que viu. "Eu estava com um amigo na esquina, em frente ao restaurante Amarelinho, quando ouvi um barulho. Achei que era um atropelamento, mas em seguida uma fumaça começou a subir e muita gente começou a correr. A gente pensou que era um bueiro, porque isso já está comum no Rio. Então alguns motoristas que conseguiram passar nos avisaram que um prédio tinha desabado e a nuvem de poeira só aumentava;, disse Jean Souza, 27.
Segundo os bombeiros do Quartel Central, houve uma explosão seguida do desabamento parcial dos prédios, que ficam em uma área considerada histórica.
O fornecimento de gás e energia na região já foi cortado. A Defesa Civil faz um estudo na área para ver se outros imóveis correm o risco de também desabar. Uma tenda com assistentes sociais foi montada próximo ao local do desmoronamento para atender parentes das vítimas.
De acordo com a assessoria de imprensa do Theatro Municipal, que fica atrás dos prédios que caíram, o instituição cultural não sofreu nenhum dano em sua estrutura.
Vários carros que estavam estacionados na Rua 13 de Maio ficaram cobertos de poeira, devido aos escombros. Os bombeiros confirmaram também que há um forte cheiro de gás na região.
Os três prédios abrigavam escritórios e estabelecimentos comerciais como uma agência bancária, uma escola de línguas e uma revista. Nas proximidades também ficam o tradicional Bar Amarelinho, que reúne políticos, artistas e jornalistas há décadas.
Com agências