postado em 26/01/2012 18:07
A busca por desaparecidos no desmoronamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro mantém as esperanças de que ainda haja sobreviventes sob os escombros. Em frente à Câmara dos Vereadores, na Cinelândia, a poucos metros do local do acidente, chegam a todo momento parentes e amigos de pessoas que trabalhavam nos edifícios e que ainda não foram localizadas.A diarista Francisca Eunice Vieira buscava informações da prima, Margarida Vieira Carvalho, que trabalhava como costureira e morava no último andar de um dos edifícios que ruiram. ;A família está à base de calmantes, mas a esperança é a última que morre.;
Afonso da Costa Menezes procurava a irmã, Kelly, que trabalhava em um dos prédios como técnica de segurança. ;Me ligaram ontem (25) e disseram que havia acontecido um acidente no edifício onde ela trabalhava. Aí eu tentei telefonar para ela, mas não tive resposta. A nossa esperança vai até o final.;
[SAIBAMAIS]O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, acompanhava de perto os trabalhos de escavação na montanha de entulho. Segundo ele, a prioridade é a busca por eventuais sobreviventes e o resgate de corpos. ;Estamos com várias equipes apoiando o Corpo de Bombeiros. Neste momento existe a esperança de se encontrar vítimas com vida. O trabalho é lento, feito com cuidado.;
Mesmo quem não perdeu conhecidos ou parentes, estava desconsolado, como o empresário Renan Magalhães Pimentel, que tinha uma livraria especializada em concursos públicos que funcionava havia oito anos no local. ;A vida segue. Não nasci dono de livraria, nem com as roupas que tenho no corpo;, resignou-se.