postado em 01/02/2012 08:00
Uma equipe da Agência Nacional de Petróleo (ANP) começa a apurar a dimensão do vazamento de óleo identificado, na manhã de terça-feira (31), na região do pré-sal da Bacia de Santos, em São Paulo. Segundo a Petrobras, que explora o poço acidentado, uma coluna de produção, instrumento usado para transportar o recurso do fundo das rochas até o navio, rompeu, resultando na dispersão de cerca de 160 barris de óleo.
Somente com a chegada dos técnicos da ANP será possível avaliar o tamanho do estrago, bem como verificar se o sistema de segurança fechou automaticamente o poço, conforme anunciou a companhia. Em menos de três meses, é o terceiro problema envolvendo retirada e transporte de petróleo no mar.
Em novembro passado, a norte-americana Chevron borrou a Bacia de Campos, no Rio, com uma quantidade de óleo até hoje não definida claramente. Enquanto a empresa falou em 330 barris por dia, especialistas estimaram uma vazão 10 vezes superior. Na semana passada, foi a vez de Tramandaí, no litoral norte do Rio Grande do Sul, onde um navio da Petrobras deixou escapar óleo, causando uma mancha de aproximadamente 800m que chegou a atingir praias. Para especialistas e leigos, os episódios trazem uma dúvida perturbadora sobre o nível de segurança do setor em um país que vislumbra se tornar um gigante do petróleo.
;O vazamento na Bacia de Santos, depois de outras ocorrências graves, significa não mais que a confirmação de uma profecia. De um lado, temos uma indústria de alto risco; e, de outro, a falta de um Plano Nacional de Contingência, com regras mínimas de como proceder em caso de acidentes;, afirma a bióloga Leandra Gonçalves, coordenadora da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.
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