A duas semanas de receber cerca de 500 mil turistas para um dos maiores carnavais do país, Salvador está em estado de alerta com a paralisação parcial da Polícia Militar. Tropas federais foram enviadas à capital baiana para amenizar o clima de insegurança que toma conta da cidade. Só ontem, a Secretaria de Segurança Pública registrou 20 assassinatos na capital baiana da 0h às 16h de ontem, 10 tentativas de homicídio, além de saques em estabelecimentos comerciais. A média, estimada pelo órgão, é de quatro mortes por dia em Salvador. Desde o início da greve, foram contabilizados 44 assassinatos. A pedido da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, desembarca hoje na cidade para discutir soluções para o problema.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, solicitou na quinta-feira ajuda ao Ministério da Defesa. Até o momento, o reforço conta com 2.800 militares das Forças Armadas, apoiados por 400 homens da Força de Segurança Nacional. O governo federal também disponibilizou quatro helicópteros. Outros 4 mil militares da 10; Região Militar de Fortaleza estão de plantão caso precisem ser acionados para reforçar a segurança no estado.
Ontem, o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, reuniu-se com o Exército para discutir um pacote de medidas a fim de restaurar a sensação de segurança no estado. Em entrevista a um jornal local, ele disse que a ideia é concentrar os agentes em pontos estratégicos de Salvador, onde há maior fluxo de pessoas. Segundo o tenente-coronel Cunha, chefe da assessoria de comunicação do Comando da 6; Região Militar, as ações militares estão integradas com os agentes policiais da região. ;Já é possível afirmar que estamos devolvendo a sensação de segurança à população. Mas ainda não existe previsão do fim da missão;, afirmou.
Na opinião do ex-secretário Nacional de Segurança Pública e consultor em segurança coronel José Vicente da Silva, a convocação da Força Nacional pode ser perigosa. Segundo ele, os agentes não conhecem necessariamente a capital baiana, o que pode ajudar a agravar a crise.
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