Brasil

Pré-candidatos à prefeitura de Salvador usam greve para trocar acusações

postado em 09/02/2012 07:30
De olho na prefeitura, Nelson Pellegrino liderou, sob críticas da oposição, comitiva de apoio a Jaques Wagner
A greve dos policiais militares na Bahia gerou, na quarta-feira (8), uma troca de acusações entre aliados do governador Jaques Wagner (PT) e integrantes da oposição baiana, especialmente os pré-candidatos à prefeitura de Salvador Nelson Pellegrino (PT-BA) e ACM Neto (DEM-BA). Sob críticas de adversários, o petista e uma comissão de deputados partidários de Wagner embarcaram em avião fretado pela Força Aérea Brasileira (FAB), para manifestar apoio ao governador. A possibilidade de greve de policiais em outros estados e a recusa do governo em votar a Proposta de Emenda Complementar (PEC) 300, que cria um piso nacional para os salários de bombeiros e das polícias Civil e Militar, esquentou ainda mais o clima.

O grupo aliado do governo do estado levou a Salvador uma nota em que pede aos policiais o encerramento da greve. ACM Neto acusou Pellegrino de não ter convidado integrantes da oposição. O gabinete do petista negou a acusação e afirmou que toda a bancada baiana foi procurada pelo deputado. ;Nós, que somos deputados da Bahia, não fomos sequer convidados, nem comunicados. Ele foi para fazer política usando dinheiro público porque usou o avião da FAB;, criticou ACM.

O impasse nas negociações também foi alvo de crítica de ACM Neto. ;Não pode prejudicar o nosso carnaval, de forma alguma. O governador e os policiais têm que chegar a um acordo.; O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) afirmou que o governo baiano não deve anistiar aqueles que, na visão do governo, cometeram ilegalidades. ;Já não faço mais apelo para encerrar a greve, mas para, pelo menos, suspenderem. O governo vai separar quem fez reivindicação legítima de quem cometeu ilegalidades;, criticou.

Ontem, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que criaria um piso nacional para os salários de bombeiros e de policias militares, procurou o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para discutir a inclusão na pauta de votação da emenda. De acordo com o deputado, o petista teria afirmado que o projeto não será votado sob pressão de greve. ;Infelizmente, quando não há greve, eles também não votam;, critica Faria de Sá.

A reportagem completa você lê na edição desta quinta-feira (9/2) do Correio Braziliense

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