postado em 09/02/2012 18:11
Brasília ; As autorizações para estrangeiros trabalharem no Brasil cresceram 25,9% no ano passado. Segundo balanço divulgado hoje (9) pelo Ministério do Trabalho, 70.524 profissionais estrangeiros receberam visto para trabalhar no país em 2011, contra 56.006 em 2010.A maioria dos vistos de trabalho foi temporário, com autorização de 90 dias a dois anos de estadia. De acordo com o ministério, 66.690 trabalhadores estrangeiros se encaixam na categoria. Os vistos permanentes somaram 3.834.
Os empregos ligados ao setor naval e à extração de petróleo lideraram a preferência dos trabalhadores temporários. No ano passado, 17.738 vistos foram concedidos para o trabalho a bordo de embarcações ou plataforma estrangeira. Em segundo lugar, vieram os empregados de navios de turismo que operam em águas brasileiras, com 14.512 autorizações.
Com 12.001 vistos concedidos, os artistas e desportistas sem vínculo empregatício ficaram em terceiro lugar. Completam a lista os vistos para assistentes técnicos por 90 dias (10.715); assistência, cooperação técnica, transferência em tecnologia sem vínculo (5.540); especialista com vínculo empregatício (4.615) e 1.569 em outras ocupações.
Conforme o Ministério do Trabalho, a escolaridade média dos trabalhadores temporários aumentou no ano passado. Mais da metade das 66 mil autorizações temporárias concedidas em 2011 referiam-se a profissionais com nível superior completo. O número de mestres e doutores quase triplicou, passando de 584 para 1.734.
Em relação aos vistos permanentes, as profissões mais requisitadas foram administração, direção, gerência e executivos com poderes de gestão, com 1.396 autorizações. Também foram concedidos 1.020 vistos para estrangeiros que investem como pessoa física e abrem o próprio negócio no país. Em 2011, esses investidores aplicaram R$ 204,2 milhões no Brasil, 19% a mais que os R$ 170,3 milhões investidos no ano anterior.
O ministério não divulgou o ranking da nacionalidade dos trabalhadores estrangeiros que ingressaram no Brasil. Apenas informou que a concessão de vistos permanentes foi impulsionada pela contratação de executivos japoneses por multinacionais e que, entre os investidores pessoas físicas, italianos, espanhóis e chineses lideraram as aplicações.