Brasil

Brasil e do Paraguai vão tratar conjuntamente da questão dos brasiguaios

postado em 16/02/2012 17:25
Os governos da presidente Dilma Rousseff e o de Fernando Lugo atuarão conjuntamente para tentar um entendimento que ;tranquilize os brasiguaios [brasileiros que residem no Paraguai em áreas de fronteira] e os paraguaios que queiram ter espaço para plantar, sem que o direito adquirido seja ameaçado;. A informação foi dada nesta quinta-sexta (16) pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Fernando Collor.

Ele apresentou aos senadores da comissão um balanço sobre a situação dests brasileiros ou brasileiros naturalizados paraguaios que vivem em estado de situação crescente com a população local, especialmente com integrantes do movimento Liga Nacional de Carperos (trabalhadores sem terra). Collor comunicou aos senadores que a comissão constituirá um grupo parlamentar que irá ao Paraguai para verificar a situação dos brasiguaios.

O senador citou dados do Ministério das Relações Exteriores segundo os quais, desde a década de 1970, vivem na região do conflito entre 80 mil e 150 mil brasiguaios. Collor disse que as terras em questão, situadas no leste do Paraguai, estão entre as mais valorizadas do país, por causa do solo fértil e do modo como foram preparadas para o cultivo pelos produtores brasileiros para realizar o cultivo.

;Os brasiguaios contribuem com parcela considerável da produção de soja no Paraguai, o que levou aquele país à condição de quarto maior produtor de soja do mundo em 2010;, ressaltou o senador.

Para ele, o governo Lugo tem adotado medidas ;paliativas; no tratamento da questão dos brasiguaios, apesar de ter comunicado aos carperos que não tolerará nenhuma invasão. ;O governo paraguaio tem tratado o caso dos sem-terra com medidas paliativas que não foram suficientes até agora para resolver a questão;, disse Collor.

De acordo com o senador, o envio de ;alguns policiais; para a área de conflito e a designação de uma comissão para tratar do problema mostram que o governo de Lugo ;acompanha o assunto relativamente a distância;. Segundo Collor, é possível que o fato de o Paraguai estar em um ano pré-eleitoral ;esteja influenciando o comportamento das autoridades;.

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