postado em 01/03/2012 07:57
As investigações sobre o império erguido por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, revelam a influência do empresário da jogatina no universo parlamentar. Cachoeira manteve contatos políticos no Congresso Nacional e com deputados estaduais de Goiás, estado que sedia uma infinidade de seus negócios ilegais. As amizades políticas conferiam prestígio a Cachoeira, numa via de mão dupla. Quem o conhece se refere a ele como ;polvo;, com tentáculos nas mais diferentes esferas do poder público ; do Legislativo a órgãos coercitivos, como a Polícia Federal (PF) e as polícias locais.Os detalhes da atuação dos dois delegados da PF investigados na Operação Monte Carlo dão a dimensão do modo de agir de Cachoeira. Os investigadores descobriram que os delegados vazaram ao empresário da jogatina informações sobre a Operação Apate, realizada em Goiás e em Minas Gerais, em maio do ano passado. A Apate identificou fraudes de R$ 200 milhões na Receita Federal e envolveu diversas prefeituras. Nada tinha a ver com jogos de azar, mas Cachoeira se viu com informações privilegiadas da operação, repassadas pelos delegados da PF de Goiás. Assim, passou a informar os prefeitos envolvidos e a buscar vantagens por deter detalhes de uma operação da PF.
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