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Sindicatos pedem liberação da Marginal Tietê para caminhões tanque

postado em 07/03/2012 19:03
São Paulo - O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) e o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) encaminharam nesta quarta-feira (7/3) um ofício ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, solicitando a liberação da Marginal Tietê para os caminhões tanque por sete dias, ;tempo mínimo necessário para que se regularize parte dos estoques nos postos;. Segundo eles, até o momento a prefeitura não se pronunciou sobre o ofício.

A marginal foi incluída na zona onde os veículos pesados de carga não podem trafegar das 5h às 9h e das 17h às 22h de segunda a sexta-feira. Nos sábados a interdição é das 10h às 14h. A restrição de veículos na marginal e em outras vias da cidade teve início na última segunda-feira (5/3). [SAIBAMAIS]

;O ofício pede que a prefeitura compreenda a situação hoje no mercado e dê um prazo de sete dias para que os caminhões possam trabalhar, inclusive na Marginal Tietê, para que seja reposto, com muito mais rapidez, os estoques dos postos para atender a população;, disse o presidente do Sincopetro, José Alberto Gouveia.

;É possível sim [obedecer a restrição]. Há um custo adicional, mas é possível abastecer com as restrições previstas;, disse Alísio Vaz, presidente do Sindicom. ;Estimamos que havendo o término desses movimentos de piquete, podemos demorar de três dias a uma semana para repor a situação à normalidade;, complementou Vaz.

Com a paralisação dos caminhoneiros, em protesto contra a restrição de tráfego de veículos de carga em algumas vias da cidade, muitos postos de combustível deixaram de ser abastecidos. Segundo Gouveia, praticamente 100% dos postos nesta quarta-feira (7/3) estão sem gasolina. ;Alguns postos tem um pouco de álcool, que deve terminar hoje, e diesel, que tem um pouco também, mas deve terminar já, já;, disse ele, em entrevista coletiva na sede do Sincopetro.

Desde a manhã desta quarta-feira (7/3), a distribuição de combustíveis é feita somente por meio de escolta da Polícia Militar. ;Nas últimas 24 horas, distribuímos pouco mais de 2 milhões de litros, quando o normal seria de aproximadamente 30 milhões a 40 milhões de litros. É muito pouco, por isso está sendo priorizado os serviços essenciais à população;, disse Vaz, citando o caso dos aeroportos, hospitais, transportes coletivos, entre outros.
A Agência Brasil perguntou a prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal de Transportes se havia uma resposta sobre o ofício encaminhado pelos sindicatos. A secretaria disse ainda não ter recebido o ofício e a prefeitura, até o momento da publicação desta reportagem, não respondeu a pergunta.

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