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Brasil doa ao Haiti 1,5 milhão de doses da vacina contra poliomielite

postado em 15/03/2012 18:55
Rio de Janeiro ; O Brasil enviou ao Haiti 1,5 milhão de doses de vacina contra a poliomielite, que serão utilizadas na campanha de imunização do país caribenho, marcada para começar em 21 de abril. O objetivo, segundo o representante do Ministério da Saúde no Comitê Gestor do Projeto Saúde Brasil-Haiti, Carlos Felipe D;Oliveira, é apoiar o esforço haitiano para imunizar 2,5 milhões de crianças com até 10 anos de idade.

O ministério doou, ao todo, 4 milhões de doses, que incluem também vacinas como a BCG, contra formas graves de tuberculose; DPT, contra difteria, tétano e coqueluche; e DT, que protege contra difteria e tétano. Essas vacinas abastecerão o programa rotineiro de imunização.

Para a aquisição das doses, produzidas por fábricas brasileiras, entre elas a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), estão sendo investidos US$ 1,4 milhão. ;O Haiti é o país das Américas com menor cobertura vacinal e teve seus programas bastante prejudicados após o terremoto [que o país sofreu em janeiro de 2010]. Consideramos esta uma atividade prioritária, que faz parte do acordo que o Brasil assinou com o Haiti, em março de 2010, logo após o terremoto. Na época, o Congresso Nacional aprovou um crédito extraordinário de cerca de US$ 70 milhões em ajuda ao país;, disse D;Oliveira.

Ele acrescentou que, além das vacinas, o apoio do Brasil envolve a compra de 500 caixas térmicas, três caminhões e gás propano, para manutenção dos refrigeradores. O governo brasileiro também vai enviar técnicos envolvidos na organização e gestão da campanha nacional de vacinação para auxiliar nas ações da mobilização haitiana, coordenadas por autoridades locais.

O representante do Ministério da Saúde ressaltou que o processo de reconstrução do país está sendo feito de forma ;muito lenta; e que a nação ainda depende muito da ajuda internacional.

;A oferta de empregos ainda é muito pequena e a assistência pública ainda está muito deficiente, o que faz com que as pessoas tenham que utilizar recursos privados para financiar sua saúde. Isso, em uma população empobrecida, tem um impacto muito grande;, disse, acrescentando que os casos de cólera, malária, tuberculose e aids ainda preocupam muito as autoridades locais.

O terremoto que atingiu o Haiti em 12 de janeiro de 2010 deixou mais de 200 mil mortos, cerca de 860 desaparecidos e mais de 310 mil feridos.

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