postado em 21/03/2012 15:58
Rio de Janeiro ; Mulheres de 44 comunidades da capital fluminense começam nesta quarta-feira (21/3) a identificar e mediar situações de vulnerabilidade social, como violência contra a mulher e a criança, além de prevenir o consumo de crack entre jovens. A ação conta também com uma equipe técnica formada por advogados e assistentes sociais, entre outros profissionais, encarregada de direcionar cada situação aos órgãos responsáveis. O Projeto Mulheres da Paz é uma iniciativa do Ministério da Justiça, por meio do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro.As áreas escolhidas para receber o projeto foram definidas pelo Ministério da Justiça a partir dos índices de violência. São comunidades dos bairros de Acari e da Penha, na zona norte, Cidade de Deus, Vila Kennedy, Senador Camará e Santa Cruz, na zona oeste, além de Santa Marta, na zona sul.
A turma, formada por 1.250 mulheres das próprias comunidades, passou por capacitação de um mês. Na instrução, as mulheres tiveram aulas de mediação e introdução a diversas legislações, como a Lei Maria da Penha e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
De acordo com a coordenadora do Projeto Mulheres da Paz, Andrea Lima, o processo de aprendizado pelo qual passaram serviu para formar lideranças nas comunidades. A equipe será capaz de fazer cerca de 15 mil visitas por mês em pontos que antes eram considerados de difícil acesso pelas autoridades públicas.
Para Andrea Lima, a facilidade de as agentes entrarem nessas regiões garante o sucesso da iniciativa. ;Essa mulher está preparada para identificar essas situações dentro da comunidade. Como ela tem o domínio e influência no território, ela é um facilitador, um mediador social;, destacou.
O Projeto Mulheres da Paz terá duração de 12 meses nessas comunidades. No entanto, a secretaria municipal está estudando a possibilidade de estender a ação no próximo ano.