Brasil

Restringir acessos de funcionários é prática comum na Esplanada

Alegando segurança, ministérios reservam portaria para convidados e funcionários com salário superior a R$ 6,8 mil

postado em 30/03/2012 07:26
A discriminação enfrentada por estagiários, contínuos e terceirizados do Itamaraty se repete em toda a Esplanada dos Ministérios, com a existência de entradas privativas a ministros e funcionários em cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) de nível 4, ou seja, com salários acima de R$ 6.843,76. Todos os demais servidores que recebem abaixo desse patamar são proibidos por seus ministérios de entrar pela portaria especial e devem se dirigir à entrada principal do prédio. A medida, na prática, cria duas castas de funcionários: uma composta pela maioria, que geralmente enfrenta filas para entrar no trabalho e é obrigada a se identificar; e outra especial, dos que ganham salários mais altos e entram e saem dos ministérios sem grandes impedimentos.

[SAIBAMAIS]Cada ministério tem autonomia para criar as regras sobre o procedimento de acesso ao prédio. No entanto, todos acabam adotando normas muito parecidas, que separam as duas categorias de funcionários. Pela entrada privativa, só entram os que ganham acima de DAS 4, o ministro, o secretário executivo e os convidados do ministro, desde que tenham seu nome identificado. Nesse grupo, estão deputados, senadores, magistrados e membros do alto clero. Empresários e profissionais liberais, desde que autorizados pelo gabinete do ministro, também podem usar essa porta especial. No Supremo Tribunal Federal, no Superior Tribunal de Justiça e no Congresso Nacional não há distinção de acesso.

Alegando segurança, ministérios reservam portaria para convidados e funcionários com salário superior a R$ 6,8 mil

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