postado em 07/04/2012 17:19
Rio de Janeiro ; Um ano depois de ter ocorrido, o massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira está sendo lembrado com uma série de atos, promovidos pelos parentes das 12 pessoas que morreram na tragédia, com o apoio de movimentos sociais voltados à defesa dos direitos humanos. Na manhã de hoje (7), pais, irmãos e outros parentes das crianças e adolescentes mortos pelo atirador Wellington Menezes de Oliveira se reuniram aos pés do Cristo Redentor. Fizeram orações, cantaram hinos e abraçaram o monumento. Ao final da cerimônia, trocaram beijos e jogaram pétalas de rosas do alto do Corcovado.;Um ano depois, essa dor não passou. Para mim, é como se o massacre tivesse acontecido hoje. A gente não esquece;, disse Sônia Moreira, avó da menina Larissa Atanázio, de 13 anos, que morreu na tragédia. ;Sinto muita falta da minha neta, que era como uma filha, dormia comigo na mesma cama;, desabafa.
As atividades em memória do episódio que marcou profundamente a vida do bairro de Realengo, na zona oeste do Rio, e causou comoção em todo o país tiveram início na noite de ontem (6), com uma vigília, seguida de um ato ecumênico, em frente à Escola Tasso da Silveira. Neste sábado, além do abraço ao Cristo Redentor, foi realizada à tarde a Carreata pela Paz, percorrendo todas as ruas do bairro onde residiam as crianças e adolescentes que morreram no massacre. A programação termina amanhã (8), com uma missa, às 9h30, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, também em Realengo.
Entre as crianças sobreviventes da tragédia, o medo ainda predomina. ;Quando escutam qualquer barulho pensam que é tiro, ficam assustadas quando ouvem o som de um helicóptero passando;, conta Sônia Moreira.
Na manhã do dia 7 de abril de 2011, Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ex-aluno da Escola Tasso da Silveira, invadiu o prédio, armado com dois revólveres, e cometeu o massacre, suicidando-se depois do atentado. Hoje, o colégio está completamente remodelado. As obras feitas pela prefeitura do Rio, inauguradas com a abertura do ano letivo, em fevereiro passado, duraram sete meses e custaram R$ 9 milhões.