Às vésperas de entrar em vigor, a lei que instituiu o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), detalhando como deve ser feita a ressocialização de menores infratores no Brasil, dedicou uma seção inteira ao tratamento dos adolescentes dependentes de álcool e drogas. Avaliação com equipe multidisciplinar, terapêutica que se estenda à família e atendimento inclusivo nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) são mecanismos presentes na legislação.
A realidade, porém, é bem diferente. Levantamento do Correio mostra que apenas um terço dos 209 municípios que abrigam unidades de meninos e meninas em conflito com a lei no país conta com os Centros de Atenção Psicossocial para Infância. Chamados de CAPSi, eles são a principal estrutura da rede pública para assistir usuários de entorpecentes de até 18 anos.