Estado de Minas
postado em 12/04/2012 18:26
O menino Alan Breno Castro Novais, de 2 anos, que ingeriu ácido tricloroacético no lugar de sedativo, permanece na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Felício Rocho, com quadro de saúde estável. Segundo boletim divulgado pela equipe médica, o garoto não apresenta febre ou sinais de infecção. Na quarta-feira, ele passou por uma cirurgia para implantação de uma câmera capaz de mostrar imagens do estômago. Segundo o hospital, ele dormiu bem após o procedimento, o que favorece o processo de cicatrização.Alan respira sem ajuda de aparelhos e não apresenta sinais de dor. Ele deve começar a comer alimentos naturais na forma líquida na sexta-feira, por meio de sonda. A previsão é de que a criança ainda fique internada na UTI por duas semanas.
O aparelho inserido no estômago permitiu aos médicos observarem uma pequena inflamação no estômago de Alan, o que significa que pouquíssimo ácido entrou em contato com o órgão. Os médicos também notaram um estreitamento da traqueia, possivelmente causado pela aspiração do ácido no momento que ele ingeriu parte da substância. Para corrigir o problema, foi implantada uma cânula que possibilita melhorar a respiração do menino. Como a traqueia está mais estreita, os médicos só vão retirar a cânula depois que a via respiratória desinchar e voltar às condições normais.
O menino recebeu o ácido no Hospital São Camilo, no Bairro Floresta, Região Leste de Belo Horizonte, no último domingo. Ele se preparava para fazer uma tomografia, após bater a cabeça em casa, no Bairro Jardim dos Comerciários, Região de Venda Nova. A técnica em enfermagem trocou os remédios e ministrou, em vez de um sedativo, um ácido para cauterizar verrugas. A profissional está afastada do cargo enquanto o hospital investiga o ocorrido.
Três perguntas para ROGÉRIO DE MATOS NOVAIS, pai de Alan Castro Novais
Qual é o estado do Alan?
Ele está tranquilo, agora, depois da cirurgia. Tudo correu muito bem. Ele está bem melhor. Ele vai ficar internado, em observação. Agora é esperar pela recuperação dele.
O senhor já sabe exatamente o que ocorreu com ele?
Foi uma queimadura provocada por um remédio que deram a ele. O próprio hospital confirmou que se tratava de uma substância ácida. Um remédio que não devia estar onde estava.
E o que vocês pretendem fazer daqui para frente?
Primeiro vamos tratar do Alan da melhor maneira possível. É a nossa prioridade. Depois vamos avaliar quais medidas tomar.