postado em 03/05/2012 19:46
Rio de Janeiro ; Na avaliação do superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental de Saúde do Estado do Rio, Alexandre Chieppe, o número de casos de dengue registrados até o momento ainda não indica uma epidemia no Rio de Janeiro. Ao participar esta quinta-feira (3/5) de audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ele ressaltou que ainda é cedo para dizer que a Secretaria de Estado de Saúde vai decretar situação epidêmica de dengue em todo o estado.;Até o momento não há nenhuma evidencia de que há epidemia no estado. Não há indícios de que a gente vai ter um quadro epidêmico no estado do Rio como um todo. A Baixada Fluminense com uma área de alta densidade populacional tem um número de casos ainda muito inferior ao que nós tivemos no ano passado;, disse.
Chieppe ressaltou que a secretaria tem investido em ações de combate à proliferação do mosquito Aedes aegipty, com objetivo de diminuir a velocidade de transmissão da doença em todo o estado. ;O combate ao mosquito da dengue é um combate do dia a dia. A gente está lidando com um mosquito extremamente bem adaptado ao ambiente urbano. Apesar de a gente trabalhar com um cenário de epidemia, as nossas ações visam a reduzir a velocidade de transmissão;, declarou.
O superintendente destacou que o crescente número de casos de dengue no Rio se dá principalmente com a chegada do vírus tipo 4 que, segundo ele, faz com que grande parte da população fique vulnerável, já que esse vírus não circulava no país há mais de 30 anos.
"A gente está com um vírus novo aqui no Rio de Janeiro. Toda a população está susceptível a esse tipo de vírus e, no entanto, a gente conseguiu ter um número de casos muito semelhante com o que a gente teve em 2011;, disse, acrescentando, que a Secretaria de Saúde trabalha com a expectativa de diminuição dos casos de dengue no estado a partir da segunda quinzena deste mês.
Para o presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputado Bruno Correia, o crescente número de casos de dengue no estado é preocupante. ;É um tema que vem nos preocupando muito. Para evitar que se repitam os números alarmantes de casos registrados nos últimos anos, temos que agir o mais rápido possível;, disse.
Correia garantiu que a comissão tem acompanhado a evolução da doença no estado desde o início do ano passado. De acordo com ele, é fundamental que o tema da dengue seja aperfeiçoado. ;O papel da audiência pública é aperfeiçoar. É trazer o que a população quer ouvir do Poder Público. O mais importante é que a comissão não fique só nessa audiência pública;, declarou.