Após ouvir oito testemunhas e três presos suspeitos de participarem da Chacina de Doverlândia, agentes da 7; Delegacia Regional de Polícia (DRP), sediada em Iporá (GO), avaliam se os três homens presos estão realmente envolvidos no caso.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Ronaldo Pinto Leite, as análises de dados técnicos do setor de inteligência e o cruzamento de ligações feitas até o momento não apontaram nenhum envolvimento dos presos com a chacina.
O principal suspeito de praticar o crime, Aparecido Soiza Alves, 22 anos, havia dito que dois deles ajudaram na execução das vítimas e o outro seria o mandante da chacina. A previsão é de que até o final desta semana sejam concluídas as investigações sobre a participação dos três no caso.
Ainda segundo Leite, 80 % do inquérito perdido na queda do helicóptero que transportava os investigadores no dia último dia 8/5 já foi recuperada por meio de cópias de depoimentos, termos e interrogatórios formalizados nas delegacias de Góias.
Entenda o caso
Sete pessoas morreram no último 28/4, degoladas na propriedade rural Nossa Senhora Aparecida, em Doverlândia, cidade goiana a cerca de 400km da capital. As primeiras vítimas, segundo as apurações da polícia, foram o dono da fazenda, Lázaro de Oliveira Costa, 57 anos, e o filho dele, Leopoldo Rocha Costa, 22. Joaquim Manoel Carneiro, de 61 anos, amigo do dono da fazenda invadida; Miraci Alves de Oliveira, 65, mulher de Lázaro; Adriano Alves Carneiro, 22, filho do casal; Tamis Marques Mendes da Silva, 24, e o vaqueiro Heli Francisco da Silva, 34, também foram mortos.
No dia 8/5, o helicóptero da Polícia Civil que ajudava na reconstituição da chacina caiu em uma fazenda a 25 quilômetros de Piranhas (GO). Delegados, peritos e o suspeito de degolar as sete pessoas, Aparecido Souza Alves, morreram no acidente. As vítimas embarcaram no voo rumo a Goiânia depois da conclusão dos trabalhos de reconstituição da chacina.