Brasil

Com dois anos de atraso, cadastro de desaparecidos vai finalmente funcionar

A ferramenta conta com programa para envelhecer fotografia e material genético de parentes. Segundo especialistas, coleta de DNA será um diferencial

postado em 02/06/2012 08:02
A ferramenta pode ajudar famílias como a de Gildene de Jesus. A filha dela, Beatriz, está desaparecida desde 2010
Com dois anos e meio de atraso, a lei que cria o Cadastro Nacional de Crianças Desaparecidas finalmente vai sair do papel. Depois de uma tentativa fracassada, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH), vinculada à Presidência da República, colocará no ar, em breve, a página em que pais, demais responsáveis e autoridades deverão incluir dados e foto do desaparecido. Segundo a secretaria, só depende de ajustes finais a definição da data de apresentação do site. Entre as novidades, estão um programa de computador capaz de envelhecer a imagem de um menino ou menina perdido há muito tempo e um formulário para parentes deixarem registrada a vontade de doar material genético a um banco de DNA. Esse recurso pode ser importante para agilizar testes de identificação de crianças encontradas em outros estados e até fora do Brasil. Além disso, o conselho tutelar mais próximo será acionado para visitar a casa do desaparecido.

;Sabemos que boa parte dos desaparecimentos, algo em torno de 75%, é na verdade fuga. E essas fugas acabam se repetindo, muitas vezes por problema de agressão, maus-tratos, violência doméstica ou sexual. Por isso, queremos que o conselho tutelar visite essas famílias para verificar se há problemas;, afirma Carmen Silveira de Oliveira, secretária nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da SDH. Segundo ela, somente com o cadastro em funcionamento será possível saber exatamente o tamanho dessa tragédia social. Organizações não governamentais e setores do governo trabalham com uma estimativa de 40 mil crianças e adolescentes desaparecidos no Brasil por ano. Desse total, cerca de 80% são encontrados.
A ferramenta conta com programa para envelhecer fotografia e material genético de parentes. Segundo especialistas, coleta de DNA será um diferencial

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