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Família é feita refém em Fernão Dias, região nordeste de Belo Horizonte

Por volta de 0h30 desta madrugada, os criminosos que mantém a família de uma gerente bancária refém em um apartamento no Bairro Fernão Dias, Região Nordeste de Belo Horizonte, liberou uma das duas crianças que estavam no imóvel. A menina, de 4 anos de idade, foi retirada do apartamento por uma tia. Meia hora depois foi libertada a outra criança, uma menina de apenas 2 anos. Permaneceram sob o poder dos grupo a gerente, o marido dela, que também é bancário, e uma funcionária da família. Apesar do avanço nas negociações, os sequestradores garantiram que são irão se render pela manhã.

Um grande aparato policial foi montado nas imediações do prédio localizado na Rua Democrata, 540. Além dos militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do 16; Batalhão da Polícia Militar, homens do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil também foram ao local colaborar com as negociações. Ambulâncias do Samu e do Corpo de Bombeiros também estão de prontidão, caso haja necessidade de socorro médico às vítimas.



Em coletiva realizada fora da área onde foi feito o cerco policial, a PM afirmou que a Polícia Federal não irá participar da ação. A presença de policiais federais foi uma das exigências feitas pelos criminosos para se entregarem. A PM não informou quais foram as outras exigências e não esclareceu qual era o objetivo do grupo quando rendeu a família. A principal suspeita é de que eles pretendiam assaltar a agência bancária do Banco do Brasil onde o casal trabalha, na modalidade de crime conhecida como ;golpe do sapatinho;.

O sequestro teve início por volta das 18h desta segunda-feira. Conforme relato de uma vizinha à PM, a família foi abordada na porta do prédio por dois homens e uma mulher, todos trajados com coletes da Polícia Civil. A mulher achou a movimentação suspeita e acionou o 190. A PM confirmou com a Polícia Civil que não havia qualquer operação no local e, ao chegar no edifício, constatou tratar-se, realmente, de um sequestro. Segundo a PM, outros três homens que pertencem à quadrilha também entraram no apartamento, localizado no 3; andar do prédio de cinco pavimentos.

O tenente Marco Túlio, do 16; Batalhão da PM, disse que num primeiro momento os criminosos exigiram um carro para que pudessem fugir. Em seguida chegaram as equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate). Todo o quarteirão foi isolado pelos militares. Os demais moradores do prédio foram impedidos de deixar o local. Homens do Gate entraram no prédio e se posicionaram nos outros apartamentos para garantir a segurança das outras famílias. Parentes e amigos dos moradores e dos reféns acompanham a movimentação posicionados a aproximadamente 100 metros do prédio, em área delimitada pela polícia.

Os criminosos colocaram um lençol encobrindo a porta da varanda do apartamento. Por várias vezes, um deles levou uma das reféns até a sacada, apontando um revólver para a cabeça dela, fazendo ameaças.