Brasil

OMS alerta e diz que demanda por sangue e derivados é cada vez maior

postado em 14/06/2012 12:50
No Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado nesta quinta-feira (14/6), a Organização Mundial da Saúde (OMS) chama a atenção para a demanda cada vez maior por sangue e hemoderivados em todo o mundo ; sobretudo em países mais desenvolvidos, onde sistemas de saúde mais avançados realizam procedimentos médicos e cirúrgicos de alta complexidade.

[SAIBAMAIS];Todos os anos, milhões de pessoas contam com a generosidade de outras, mas os índices de doação de sangue variam consideravelmente e a demanda cresce em todo o mundo;, alertou a organização em comunicado divulgado hoje, ao fazer um apelo para que mais pessoas doem sangue voluntariamente e regularmente.

Cerca de 92 milhões de doações são feitas todos os anos no mundo ; a maioria por voluntários. Entretanto, desse total, 30 milhões realizam o procedimento uma única vez e não retornam aos hemocentros para novas doações. Atualmente, apenas 62 países têm bancos de sangue capazes de atender às próprias necessidades. De acordo com a OMS, o aumento na expectativa de vida e o consequente crescimento de doenças crônicas relacionadas ao avanço da idade exigem transfusões de sangue e uso de hemoderivados que vão além da oferta existente.



Outro problema é que alguns produtos derivados do sangue utilizados, por exemplo, no tratamento de pacientes com câncer, como plaquetas, têm durabilidade pequena, cerca de cinco dias. ;Isso significa que precisamos de cada vez mais doadores de sangue para sanar essas demandas;, ressaltou a organização.

A OMS destacou que hemorragias durante o trabalho de parto ou após o parto são a principal causa de morte materna em todo o mundo. Dados indicam ainda que as hemorragias são responsáveis por mais de 468 mil mortes todos os anos de um total de 1,3 milhão de óbitos provocados por acidentes de trânsito.

A professora Patrícia Laet, 26 anos, doou sangue hoje pela primeira vez, graças a uma campanha de conscientização feita pela escola do filho. Pouco antes da coleta, ela contou que não estava com medo e que conhece outras pessoas já doaram sangue. ;De agora em diante, pretendo doar sempre. Percebi o quanto é importante depois que uma irmã de um amigo precisou de muito sangue e, se não tivesse recebido, teria morrido.;

O gestor na área de recursos humanos Jonata José Pereira, 29 anos, mantém o hábito de doar sangue pelo menos três vezes ao ano desde 2005, incentivado pela irmã, Gilda Neres, que também é doadora. ;Hoje, quase toda minha família doa sangue. Para mim, é muito gratificante, não pretendo parar;, disse ele. ;Muita gente não doa porque tem medo de doer e pegar doenças. Não precisam ter medo é seguro e não dói;, reforçou.

A policial militar Gilda Neves, 42 anos, é doadora desde 1998. ;A gente tem que pensar nas outras pessoas. Muitos morrem por falta de sangue. Quem doa não vai passar mal e pode salvar muitas vidas. As pessoas precisam se conscientizar para que não falte;, contou. O fato de ter o sangue A negativo, mais raro, faz com que ela procure um hemocentro com frequência, já que o estoque desse tipo sanguíneo, muitas vezes, fica em baixa.

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