Rio de Janeiro ; O local onde explodiu, na noite de última quarta-feira (20/6), um artefato que provocou a morte do estudante Vinícius Figueira Benedito Eugênio, de 21 anos, e feriu mais dez alunos da Escola de Sargentos de Logística, era usado até o ano passado pelo Centro de Instrução de Operações Especiais do Exército. O diretor da unidade, comandante Abílio Sizínio de Lima Filho, determinou abertura de inquérito policial-militar para apurar os fatos.
Segundo o comandante, o incidente ocorreu durante instrução de sobrevivência, feita com acompanhamento de instrutor e não foi empregado qualquer tipo de explosivo. "O local do exercício é o mesmo utilizado em outras instruções da escola e de outras organizações da Vila Militar, não havendo, até então, qualquer registro de fatos semelhantes;, disse Lima Filho.
Quando ocorreu a explosão, os alunos do curso de sargento especialista já tinham feito um buraco de 1,5 metro de profundidade.
De acordo com a Escola de Sargentos de Logística, sete alunos feridos sem gravidade foram encaminhados para o Hospital Geral do Exército, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Wellington Santos de Souza, de 21 anos, que estava internado no Hospital Central do Exército, em Benfica, teve alta na tarde desta quinta-feira (21/6). Em Benfica, continua internado, Widson Amorim, de 24 anos.
Outro aluno, Tiago Fontinha Rodrigues, de 26 anos, que sofreu queimaduras no rosto, está no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital da Força Aérea, no Galeão, Ilha do Governador.
O corpo do estudante Vinícius Figueira será enterrado nesta sexta-feira (22/6), às 11h, no Cemitério São Francisco Xavier. Uma amiga da família de Vinícius, Cristiane Goulart, de 35 anos, disse que ele era estudioso, queria crescer na carreira militar e contribuía financeiramente em casa. Segundo Cristiane, há alguns dias, ele vinha constantemente reclamando da alta carga de exercícios.