postado em 25/06/2012 07:31
Cinco anos depois de iniciada a construção dos 622 km de canais para a transposição do Rio São Francisco, e com menos de quatro quilômetros prontos, o Tribunal de Contas da União (TCU) prepara um relatório detalhado com a fiscalização dos contratos em andamento no eixo norte e leste das obras. Embora o documento seja confidencial e ainda tenha de ser lido pelo presidente do órgão, Benjamin Zymler, antes de se tornar público, o maior problema verificado pelo TCU está na diferença dos custos previstos no projeto básico do Ministério da Integração Nacional e os valores efetivos das obras.
Um exemplo é a escavação dos solos. Ao se deparar com a realidade da região, as empreiteiras acabaram gastando mais do que o previsto na licitação. No entanto, os órgãos de controle não permitem que os aditivos de contrato tenham um acréscimo superior a 25% do valor acordado inicialmente. Atualmente, dos 16 trechos previstos, 10 estão em atividade. Para regularizar a situação dos lotes parados, o ministério terá que rescindir os contratos e fazer novamente a licitação.