postado em 26/06/2012 07:30
Um policial militar aguardava o seu pedido em uma pizzaria, por volta das 23h30 do último domingo, quando um homem entrou e anunciou assalto. O militar, de folga, estava armado e deu voz de prisão ao assaltante. Houve troca de tiros e ele acabou morto. Este foi o 40; assassinato de policiais militares em São Paulo, somente este ano ; em 2011, foram 47 casos. Entre as ocorrências, um fato em comum: todos os homicídios ocorreram enquanto os militares estavam de folga. O Departamento de Homicídios da Polícia Civil de São Paulo investiga os crimes. Segundo o diretor do departamento, Jorge Carlos Carrasco, as execuções seriam uma reação ao trabalho dos policiais. ;Nós não temos dúvida de que é uma retaliação pelo excelente trabalho que a Polícia Militar vem fazendo;, disse o diretor.
Apesar de a corporação afirmar que ainda não existem indícios para relacionar as mortes à ação coordenada de uma facção criminosa, as últimas prisões indicam, no mínimo, que os ataques não aconteceram de forma isolada. De acordo com o comandante-geral da PM, Roberval França, das 40 mortes ocorridas neste ano, 10 tiveram características de execução sumária. Outros 15 casos foram identificados como reações a roubos praticados por terceiros. Uma morte foi relacionada a briga, duas a crimes passionais, seis a exercício de atividade fora da PM, e seis permanecem sem classificação. ;Ainda não temos indícios de ação coordenada, já que, até agora, temos a prisão de indivíduos de três quadrilhas diferentes;, afirmou.