Brasil

Ação do MPE descobre fraude na marmita e na merenda em Minas Gerais

Luiz Ribeiro/Estado de Minas - Enviado especial
postado em 27/06/2012 07:40
Policiais federais e militares e agentes da Receita apreenderam documentos na casa do empresário Alvimar Oliveira

Belo Horizonte ; O Ministério Público (MPE) de Minas Gerais deflagrou ontem a Operação Laranja com Pequi para desbaratar fraudes em licitação no valor de R$ 166 milhões para o fornecimento de quentinhas em presídios mineiros e R$ 19 milhões para merenda escolar em Montes Claros. De acordo com as investigações, pelo menos um terço dos valores das marmitas (eram fornecidas em média 44.659 por dia), cerca de R$ 55,3 milhões, eram desviados por meio de superfaturamento ou fornecimento de alimentação de baixa qualidade.



Uma das empresas acusadas pelo MPE de comandar o esquema ; a Stillus Alimentação ; pertence a Alvimar Oliveira Costa, irmão do senador Zezé Perrela (PDT) e ex-presidente do Cruzeiro. O apartamento do empresário, no Vale do Sereno, em Nova Lima, na Grande BH, foi alvo ontem de um mandado de busca e apreensão. Também foi expedida ordem de prisão contra o vice-presidente do Cruzeiro, José Maria Fialho, sócio-diretor da Stillus. Policiais federais e militares e agentes da Receita Estadual levaram documentos e computadores da casa de Alvimar. O grupo tinha sete empresas, algumas em nome de laranjas, e cerca de 40 contratos com o poder público somente em Minas Gerais. Também foram efetuadas prisões e apreensões de documentos em Belo Horizonte, Montes Claros, Patos de Minas, Juiz de Fora, Itaúna, Três Corações, onde foi preso o diretor administrativo da penitenciária da cidade, Roni Buzzeti, já exonerado, e em Dianópolis, Tocantins, onde foi detido o diretor da penitenciária de Palmas (TO), Átila Ferreira Lima.

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