Paula Sarapu, Guilherme Paranaiba/Estado de Minas
postado em 29/06/2012 08:52
Após seis meses de investigações, iniciadas no Rio Grande do Sul, a Polícia Federal desencadeou ontem a Operação DirtyNet (internet suja, em inglês), que envolveu também a Interpol, para combater a pornografia infantil na rede. Até o início da noite, 32 pessoas haviam sido presas, em nove estados, por usar o computador, trocar e difundir imagens de crianças para 34 países. Segundo os investigadores, haviam imagens chocantes e, até mesmo, de canibalismo. ;Das coisas que já vi até hoje, isso foi o pior;, definiu sobre o material apreendido a delegada Diana Calazans Mann, que participou da ação policial em Brasília e em outros 11 estados brasileiros. Ocorreram buscas também no Reino Unido e na Bósnia, onde uma pessoa acabou presa.
A Operação DirtyNet começou ontem no Rio Grande do Sul, onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão, e se espalhou por todo o país. O material apreendido pela Polícia Federal e os fatos que foram investigados nos últimos seis meses surpreenderam até mesmo pessoas experientes na corporação. Todas as imagens eram de menores ; até mesmo bebês ; de até 12 anos. ;Tinha crianças com indícios de lesões corporais graves. Era abominável;, conta a delegada Diana Mann. Segundo a PF, os arquivos trocados tinham menção a estupros cometidos por pais contra os próprios filhos, sequestros, assassinatos e atos de canibalismo. ;O material encontrado é repulsivo e repugnante. Como a rede é criptografada, os integrantes tinham sensação de segurança e por isso certamente não tinham receio de compartilhar material pesado.;