postado em 09/07/2012 10:48
O advogado do ex-goleiro Bruno Fernandes está se dirigindo à Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (9/7) para mostrar ao cliente a última edição da revista Veja, que traz revelações sobre uma carta supostamente escrita pelo detento. Bruno está preso por envolvimento no desaparecimento e morte da ex-amante Eliza Samudio, crime que aconteceu em 2010. O defensor que saber se o ex-atleta realmente escreveu a correspondência.O documento, supostamente escrito por Bruno ao amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foi interceptado na cadeia. No documento, Bruno diz que conversou com os seus advogados que o orientaram a colocar em prática o plano B, que seria imputar a responsabilidade pela morte da modelo sobre Macarrão. O goleiro chega a pedir desculpas ao amigo. ;Eu, sinceramente, não pediria isso pra você, mas hoje não temos que pensar em nós somente! Temos uma grande responsabilidade que são nossas crianças, então, meu irmão, peço que pense nisso e do fundo do meu coração me perdoe, eu sempre fui e sempre serei homem com você;, disse no documento.
Bruno e Macarrão eram colegas de cela na penitenciária mas foram separados, o que para a delegada Alessandra Wilke explicaria a existência dessa carta. O advogado Rui Pimenta diz que a missiva seria na verdade uma correspondência que tratava do rompimento de um relacionamento amoroso entre os dois. O advogado chegou a se referir a um ;relacionamento homossexual ativo e passivo; entre os dois amigos.
No lado da acusação, o surgimento da carta não surpreendeu. O advogado José Arteiro Cavalcante Lima, assistente de acusação no Caso Bruno, vai pedir que a carta seja anexada ao inquérito que investiga o sumiço e assassinato da jovem. Para ele, o plano para livtar Bruno de acusações já estava tramado desde a época em que Bruno foi preso no Rio de Janeiro e foi transferido para Belo Horizonte.
O goleiro Bruno, o primo dele, Sérgio Rosa Sales e o amigo Macarrão, foram pronunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, vai a júri popular pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.