Brasil

Bruno confirma autoria de carta escrita na cadeia para Macarrão

postado em 09/07/2012 14:08
Os advogados do ex-goleiro Bruno Fernandes estiveram nesta segunda-feira (9/7) na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte para apurar a veracidade da carta supostamente escrita pelo detento e divulgada na última edição Revista Veja. O ex-atleta confirmou a autoria da carta. Ele está preso por envolvimento no desaparecimento e morte da ex-amante Eliza Samudio, crime que aconteceu em 2010.

O documento, escrito por Bruno ao amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, foi interceptado na cadeia. No documento, Bruno diz que conversou com os seus advogados que o orientaram a colocar em prática o plano B, que seria imputar a responsabilidade pela morte da modelo sobre Macarrão. O goleiro chega a pedir desculpas ao amigo. ;Eu, sinceramente, não pediria isso pra você, mas hoje não temos que pensar em nós somente! Temos uma grande responsabilidade que são nossas crianças, então, meu irmão, peço que pense nisso e do fundo do meu coração me perdoe, eu sempre fui e sempre serei homem com você;, disse no documento.

[SAIBAMAIS] Os advogados falaram na saída da cadeia e discordam sobre alguns pontos, mas deixam clara a intenção de retirar a culpa do ex-atleta no crime. Segundo o advogado Francisco Simim, Bruno disse que a intenção da carta era chamar atenção de Macarrão sobre a traição da amizade, caso o amigo tenha mesmo cometido o crime contra Eliza Samudio. O detento disse que a correspondência foi escrita em novembro de 2011.



O advogado Rui Pimenta, também defensor de Bruno, diz que a missiva seria na verdade uma correspondência que tratava do rompimento de um relacionamento amoroso entre os dois. O advogado chegou a se referir a um ;relacionamento homossexual ativo e passivo; entre os dois amigos. O advogado tenta usar a mensagem para livrar Bruno de acusações. ;Essa reportagem (da Revista Veja) serve de página de inocência do Bruno;, afirma Pimenta.

No entanto, o colega Francisco Simim não trata o relacionamento dos dois como homossexual. ;Eu como defensor não atestaria essa sexualidade de Bruno e Macarrão. O texto da carta era para chamar atenção em relação ao possível crime que Macarrão teria participado, traindo a confiança do Bruno", afirma Simim. A defesa do ex-goleiro agora quer saber porque a carta foi interceptada e não chegou a Macarrão.

O ex-goleiro Bruno, o primo dele, Sérgio Rosa Sales e o amigo Macarrão, foram pronunciados por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, vai a júri popular pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.

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