Estado de Minas
postado em 09/07/2012 15:57
O advogado José Arteiro Cavalcante Lima, assistente de acusação no caso Bruno, vai pedir que a carta, supostamente assinada pelo goleiro, na qual o atleta pede ao amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, que assuma o crime contra a modelo Eliza Samudio, seja anexada ao inquérito que investiga o sumiço e assassinato da jovem.No documento, publicado na última edição da revista Veja, Bruno diz que conversou com os seus advogados que o orientaram a colocar em prática o Plano B, que seria imputar a responsabilidade pela morte da modelo sobre Macarrão. O goleiro chega a pedir desculpas ao amigo. ;Eu sinceramente não pediria isso pra você, mas hoje não temos que pensar em nós somente! Temos uma grande responsabilidade que são nossas crianças, então, meu irmão, peço que pense nisso e do fundo do meu coração me perdoe, eu sempre fui e sempre serei homem com você;, disse no documento.
Para o advogado José Arteiro, o plano já estava tramado desde a época em que Bruno foi preso no Rio de Janeiro e foi transferido para Belo Horizonte. ;O que está acontecendo na verdade é que esse pessoal está querendo tripudiar a sociedade. Esse plano é o mesmo que o Bruno usou no avião, quando ele foi filmado falando que poderia ser o Macarrão o responsável pelo crime. Ali, o jogador já tinha pensado nesse plano, porém, os advogados da época atrapalharam tudo;, disse o defensor. ;Macarrão é um puxa-saco de marca maior e é tão grato ao Bruno. Eles estão se aproveitando dele, porque ele é bobo;, completou. [SAIBAMAIS]
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Juntamente com a carta, um novo personagem entrou no caso dois anos após o desaparecimento de Eliza. Trata-se do policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, que apresentou Bruno e Macarrão, ao ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como o assassino da modelo. Durante o inquérito, Zezé foi investigado, mas a polícia não encontrou provas contundentes que o ligassem ao caso.
Arteiro afirma que na fase de investigações ele já havia alertado o promotor Gustavo Fantini de Castro sobre o policial, quem o defensor chama de Zezé, porém foi ignorado. ;O promotor não quis me ouvir. Tem provas suficientes no processo contra o Zezé e ele não foi pronunciado;, disse o defensor. Segundo Arteiro, Gustavo Fantini chegou a dizer para Sônia Fátima Moura, 44 anos, mãe da modelo, que pediu uma investigação secreta contra José Lauriano. ;O promotor disse que a juíza tinha determinada as apurações mas até hoje não vi nada sobre isso. Vou trazer a dona Sônia para cobrar essas investigações;, afirmou.