Estado de Minas
postado em 12/07/2012 18:18
O advogado Rui Caldas Pimenta, defensor do ex-goleiro Bruno Fernandes, vai processar o colega Leonardo Diniz, que defende Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Diniz interpelou Pimenta por difamar seu cliente ao declarar que ele e o atleta mantinham um relacionamento homossexual. Diniz entrou com a notificação na 10; Vara Criminal do Fórum Lafayette, em BH, e reafirmou que Macarrão não vai assumir sozinho a responsabilidade pela morte da modelo Eliza Samudio.Pimenta disse que o colega tem todo o direito de notificá-lo, mas que depois vai responder por danos morais e materiais. ;Ele tem de fazer provas. Homossexualidade não é ilegal nos dias de hoje. Não é mais afrontante aos conceitos da sociedade;, afirmou Rui Pimenta.
Ao receber a interpelação, Pimenta vai responder que realmente chamou Macarrão de gay e que isso não é uma ofensa. ;O Leonardo está desatualizado. Falar que é homossexual não é denegrir a imagem da pessoa. Hoje ser homossexual é digno, está tudo legalizado;. Pimenta disse que vai contra-interpelar Diniz e acredita que o juiz vá arquivar as notificações. Logo depois, vai entrar com ação de danos morais porque acha que o colega tentou afetar a moral dele com a interpelação.
A carta
A polêmica entre as duas partes começou depois da divulgação de um documento escrito por Bruno. Na carta, publicada na última edição da Revista Veja, o goleiro diz que conversou com seus advogados sendo orientado a colocar em prática "o plano B", que seria imputar a responsabilidade pela morte da modelo sobre Macarrão. O goleiro chega a pedir desculpas ao amigo. ;Eu, sinceramente, não pediria isso pra você, mas hoje não temos que pensar em nós somente! Temos uma grande responsabilidade que são nossas crianças, então, meu irmão, peço que pense nisso e do fundo do meu coração me perdoe, eu sempre fui e sempre serei homem com você;, registrou no documento.[SAIBAMAIS]
Em depoimento aos agentes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), na última segunda-feira, o atleta afirmou que entregou o bilhete para outro detento antes de chegar às mãos de Macarrão. Nesse período, o advogado de Bruno disse que o cliente e Macarrão tinham ;relacionamento homossexual ativo e passivo;.