postado em 17/07/2012 22:28
São Paulo ; Embaixo de chuva, foi inaugurada na noite de hoje (17) a Praça Memorial 17 de Julho, projetada em homenagem às 199 vítimas do acidente aéreo ocorrido há exatos cinco anos no local. Naquele dia, o avião da TAM vindo de Porto Alegre saiu da pista do Aeroporto de Congonhas, zona sul paulistana, e bateu contra um prédio fora do terminal.Durante a cerimônia, foi rezada missa campal e familiares depositaram flores ao redor do monumento. No centro da praça está a única árvore que restou após o acidente. Em volta dela, foi construída uma fonte onde estão gravados os nomes dos mortos.
Para o presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam), Dário Scott, o monumento atende às expectativas dos parentes das vítimas. ; A gente sempre procurou homenagear a vida, trazer uma energia positiva para esse local onde os nossos familiares morreram de forma tão brutal;, disse. ;Ficou um espaço de reflexão para todos que passam aqui na cabeceira do Aeroporto de Congonhas sobre a responsabilidade de seus atos em um sistema de transporte, como o de transporte aéreo;.
Mãe da jovem Raquel, que com 19 anos vinha no voo JJ 3054 para passar férias com amigos, Zeoni Soares Warmiling ressaltou que apesar do ;momento especial; com a entrega do monumento, os familiares ainda esperam punição para os responsáveis pela tragédia. ;Esperamos que a verdade apareça e que a justiça, mesmo que branda, seja feita;, disse.
Três pessoas foram apontadas pelo Ministério Público Federal como responsáveis pelo acidente e respondem pelo crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo. São elas: Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, na época diretor de Segurança de Voo da TAM; e Alberto Fajerman, que era vice-presidente de Operações da companhia aérea.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acredita que o projeto, que custou R$ 3,6 milhões e começou a ser construído em 2011, ajudará parentes das vítimas a lidarem com a perda. ;Essa praça é uma maneira que achamos de levar um pouco mais de conforto aos familiares dessas 199 vítimas;.