Brasil

Defesa de Bruno aciona Ordem dos Advogados para suspender punição

Pedro Ferreira
postado em 24/07/2012 10:12
Os advogados do goleiro Bruno Fernandes de Souza querem o afastamento temporário dos três diretores da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, por improbidade administrativa. Eles entenderam que o cliente tem sido vítimas de perseguição e tiraram a conclusão depois que o atleta recebeu uma punição por enviar uma carta a um apresentador de TV por meio do advogado Rui Pimenta. Ontem, a defesa protocolou uma representação na Comissão de Assuntos Penitenciários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) pedindo a suspensão do castigo aplicado ao preso de ficar 20 dias sem sair da cela, sem o banho de sol e visitas, e ainda sem poder trabalhar dentro da unidade, como vinha fazendo. Pimenta e o colega Francisco Simim, que integram a defesa de Bruno no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samúdio, assinam a representação.

[SAIBAMAIS]No pedido, Rui Pimenta também questiona a publicação recente na revista Veja de duas cartas que Bruno escreveu em novembro do ano passado para seu amigo Macarrão, que está preso. ;Eu fico intrigado como essas cartas foram interceptadas em novembro e demoraram oito meses para serem publicadas. Me parece que houve um certo relaxamento da administração da penitenciária porque essas cartas teriam sido entregues a um preso para ele entregar a Macarrão, mas ninguém fala o nome do preso. É uma história muito fantástica;, disse Pimenta.



á duas semanas, segundo o advogado, o conselho de disciplina do presídio impuseram a punição ao goleiro. Os advogados e o próprio Bruno participaram do julgamento. ;Perguntamos qual era o fato que seria julgado. Imaginei que fosse a tal carta que Bruno me entregou e eu a levei para o apresentador de TV, mas disseram que não, que eram as outras cartas. Somente depois fiquei sabendo que a punição foi pela carta que Bruno me entregou. Os três diretores do presídio agiram de má fé com a gente;, reclama Pimenta. E alega que tentou mostrar a carta para um dos diretores antes de deixar o presídio, que não pode atendê-lo. Para o advogado, o tipo de punição não está certo e seu cliente merecia apenas uma advertência verbal. O afastamento dos três diretores, que fazem parte do conselho disciplinar, seria temporária, esclarece, até a apuração dos fatos. A OAB-MG informou que encaminharia ainda ontem a representação à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o que é normal quando qualquer advogado se sente prejudicado por ação ou omissão de um agente público do estado, da União ou do município que atente quanto ao livre e pleno exercício da advocacia.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação