Cristiane Silva/Estado de Minas, Guilherme Paranaiba/Estado de Minas
postado em 28/08/2012 13:51
A Polícia Civil voltou ao condomínio Residencial Turmalina, onde fica o sítio que pertenceu ao goleiro Bruno Fernandes, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O delegado Alex Araújo Soares, da Delegacia de Esmeraldas, chegou ao local por volta das 11h acompanhado de um outro policial. Ele conversou com os advogados do atual dono da propriedade e do Residencial Turmalina, que autorizaram a entrada. O delegado contou que conversou com o dono do sítio e disse que nem todas as características passadas na denúncia conferem.
[SAIBAMAIS] Soares acredita que a decisão sobre as buscas deve ficar com a equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), o que foi confirmado pela assessoria de imprensa da Polícia Civil, que informou que delegado Wagner Pinto está analisando a situação para verificar há necessidade de pedir um mandado de busca. Soares também afirma que o mandado pode não ser necessário caso a polícia resolva apenas vistoriar o local. No entanto, o advogado do dono do sítio, Rodrigo Miranda, disse que seu cliente está disposto a ajudar mas, a partir de agora, qualquer entrada da polícia só será autorizada com o documento.
No fim da noite de segunda-feira, a polícia recebeu uma denúncia anônima via 181 indicando a suposta localização dos restos mortais de Eliza Samudio. A Polícia Militar adiantou que a denúncia indicava duas palmeiras como referência da localização da ossada na entrada do sítio. Policiais, bombeiros e um perito da Polícia Civil estiveram no local por volta da meia-noite desta terça-feira, mas não puderam entrar na propriedade, situada no Residencial Turmalina, sem o mandado judicial. Pela manhã, somente a imprensa se encontrava na porta do condomínio.
O sítio teria sido o cativeiro de Eliza Samudio antes de ser morta, conforme apontaram as investigações. Vestígios de roupas queimadas e de sangue foram encontrados no local. A polícia realizou buscas na propriedade ao menos em três etapas distintas em julho de 2010, quando Eliza desapareceu. A defesa dos envolvidos chegou a contratar um perito particular para periciar o sítio e confrontar com os laudos policiais, mas nenhuma evidência de que o corpo de Eliza tivesse sido enterrado lá foi levantada. Em abril de 2011 o sítio, avaliado em R$ 1,2 milhão, foi colocado à venda por R$ 800 mil, quando o atleta, já preso, oficializou a separação da ex-mulher Dayane dos Santos.