postado em 31/08/2012 08:01
A partir de hoje o paciente decidirá com o médico qual o momento de parar com intervenções clínicas invasivas a fim de morrer dignamente. As regras, divulgadas ontem pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), valem apenas para casos de estado terminal da vida, onde não há mais chance de recuperação, e resguardam o médico para agir de acordo com a vontade do paciente. Embora seja considerada um marco histórico na relação entre médico, paciente e família, a diretiva antecipada de vontade, como foi chamada pelo CFM, enfrenta críticas. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) considera a proposta contra a base da medicina que é prolongar a vida.
O presidente do conselho, Roberto d;Avila, explica que a resolução nasceu diante de um dilema que os avanços científicos trouxeram à medicina. ;De 2006 para cá, temos alertado para os riscos dessa tecnologia que impede as pessoas de morrerem naturalmente. As pessoas que estavam na parte terminal da doença e queriam morrer em paz estavam sendo levadas para hospitais e eram entubadas, reanimadas, ressuscitadas e estavam sendo impedidas de ter uma morte natural por intervenção, até mesmo, médica.;