Brasil

Estudo identifica crianças que correm mais risco de abandonar os estudos

postado em 31/08/2012 11:21
O estudo divulgado pelo Unicef hoje não se restringiu a mapear as crianças fora da escola no Brasil. Também identificou as que, embora matriculadas, correm mais risco de abandonar os estudos. Apontado como fator de evasão por diversas pesquisas, o fracasso escolar é uma realidade para parcela significativa da população, se considerada a proporção de alunos com idade acima da recomendada para a etapa que cursa. Mais de 60% dos estudantes nos anos finais do ensino fundamental, por exemplo, estão atrasados em relação à idade adequada para a série.



[SAIBAMAIS]Quanto mais pobres as famílias, maior é o atraso escolar das crianças. O levantamento, intitulado Iniciativa Global pelas Crianças Fora da Escola, utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, referentes a 2009. A pesquisa foi feita no Brasil e em outros países. Porém, não foram divulgados dados pelo Unicef para comparações

Matriculados com risco de deixar a escola

O atraso escolar ; resultado de um ingresso tardio ou de repetências ; é um fator crítico que leva ao abandono. No Brasil, é grande o número de estudantes atrasados, especialmente entre as camadas mais pobres.

População no ensino fundamental (anos iniciais) com idade superior à recomendada por renda familiar per capita
Região Até 1/4 de salário mínimo Mais de dois salários mínimos
Brasil 19,5% 3,2%
Norte 23,9% 2,8%
Nordeste 21,2% 3,7%
Sudeste 14,1% 3,5%
Sul 14,6% 1,8%
Centro-Oeste 15,7% 3,9%

População no ensino fundamental (anos finais) com idade superior à recomendada por renda familiar per capita
Região Até 1/4 de salário mínimo Mais de dois salários mínimos
Brasil 62,02% 11,52%
Norte 59,44% 19,11%
Nordeste 71,85% 15,75%
Sudeste 46,69% 10,11%
Sul 48,31% 10,29%
Centro-Oeste 40,67% 10,44%

População no ensino médio com idade superior à recomendada por renda familiar per capita
Brasil 3,1% 1,5%
Norte 3% 0,9%
Nordeste 4,8% 0,6%
Sudeste 1,5% 2,6%
Sul 0,6% 2,8%
Centro-Oeste 2% 2,4%
Fonte: Unicef

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