postado em 01/09/2012 16:39
A preocupação com a desertificação é presente nos países do Mercosul. A área de Agricultura, Recursos Naturais, Gestão Ambiental e Mudanças do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil está empenhada em traçar um diagnóstico das áreas que sofrem processo crítico de desertificação e degradação ambiental no Brasil, na Argentina, no Uruguai e no Paraguai.O estudo está em andamento, e os primeiros resultados deverão ser conhecidos em novembro deste ano. O grupo responsável pelo trabalho, alinhado à Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, quer, a partir do detalhamento, sugerir medidas de controle, de recuperação e de intervenção física para reverter o cenário atualmente considerado preocupante.
A partir do levantamento será elaborada uma proposta de programa regional para o Mercosul. Ao todo, estão sendo analisados cerca de 3,8 milhões de quilômetros quadrados de terra na região para determinar quatro zonas consideradas críticas ou de alto grau de degradação.
Leia mais notícias em Brasil/Economia/Política
De acordo com o coordenador do Iica, responsável pelo estudo, Gertjan Beekman, o objetivo é, além de identificar de maneira detalhada como se dá o problema, produzir um guia ou manual metodológico para replicar as experiências e soluções propostas a outras regiões que sofrem com processos semelhantes.
;O estudo já está sendo feito e esperamos que sirva como exemplo internacional de mapeamento e proposição de ações de intervenção. Esse é um problema mundial que deve ser tratado com políticas específicas. Cerca de 40% da superfície do planeta estão suscetíveis à desertificação e abrigam aproximadamente 15% da população mundial;, afirmou, ao acrescentar que o trabalho, financiado pela União Europeia, está sendo desenvolvido em conjunto com especialistas do Iica nos quatro países, além de atores da sociedade civil organizada e de acadêmicos.
A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação define o processo como "a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas".