Brasil

Adiamentos de processos travam despedida da ministra Eliana Calmon

Helena Mader
postado em 05/09/2012 06:58


Depois de dois anos no cargo de corregedora do Conselho Nacional de Justiça, a ministra Eliana Calmon participou ontem de sua última sessão no CNJ. Ela, porém, viu frustrado o objetivo de, em sua despedida, abrir novos procedimentos administrativos e afastar da função magistrados suspeitos de irregularidades, uma vez que conselheiros pediram vista da maior parte dos processos importantes da qual era relatora. Foram no total 10 pedidos.



A expectativa de Eliana era a de julgar a suposta omissão do desembargador Luiz Zveiter em conceder escolta à juíza Patrícia Acioli, assassinada em agosto do ano passado, em Niterói (RJ). O magistrado era presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na época em que Patrícia deixou de receber proteção policial. Antes de iniciar o voto, Eliana Calmon viu a pretensão de julgar o caso ir por água abaixo após uma questão de ordem ser apresentada pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, advogado de Zveiter. Bastos disse ter sido surpreendido na segunda-feira, véspera da sessão, com a exclusão da juíza Maria Sandra Kayat do processo ; ela também era acusada de omissão. ;Simplesmente retiraram essa desembargadora do processo, o que traz enorme prejuízo à defesa que eu havia preparado.;

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