postado em 07/09/2012 08:00
Uma versão preliminar do Censo Escolar, divulgada ontem pelo Ministério da Educação (MEC), mostra que o Brasil tem 40,5 milhões de alunos matriculados nas redes públicas de educação básica regular. Desse montante, 8,4% cursam o ensino em tempo integral, proporção maior que os 7,2% apontados na pesquisa feita em 2011. Em 2010, o índice de alunos com dois turnos de atividade era de 5,7%. A evolução média de 1,5% ao ano é comemorada por especialistas. Mas eles alertam que, mantido o ritmo, o país só conseguirá chegar à meta do Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado nesta semana na Câmara dos Deputados, de oferecer até 2020 educação em tempo integral em 50% das escolas, com 20 anos de atraso. Ou seja, apenas em 2040 o objetivo será atingido. No Distrito Federal, somente 2,9% das matrículas são na modalidade de tempo ampliado ; muito abaixo da média nacional, de 8,4%.;Vemos uma sinalização positiva, porque as matrículas em tempo integral no Brasil estão crescendo, porém insuficiente. Com a apreciação do PNE pelo Senado, a partir de agora, há uma sinalização de mais dinheiro para a educação, o que poderá facilitar o incremento da oferta de tempo integral;, afirma Luiz Dourado, professor de políticas educacionais e membro do Conselho Nacional de Educação. Segundo ele, além dos recursos, há práticas na administração escolar dos estados e municípios, responsáveis por quase toda a educação básica brasileira, que precisam ser alteradas. ;Os processos de gestão e a cultura institucional ainda não estão alinhados com o modelo de ensino em tempo integral. É necessário incentivar essas mudanças.;