Jornal Correio Braziliense

Brasil

Avenida Afonso Pena é recordista em atropelamentos em Belo Horizonte



Para o especialista, a educação no trânsito na capital é muito atrasada. ;Em outras cidades, como Brasília (DF), há um grande respeito pelo pedestre. Em municípios do interior de Minas, como Carangola e Manhuaçu, na Zona da Mata, os motoristas também respeitam quem se desloca a pé.; Na avaliação do professor, além das campanhas educativas, torna-se importante fortalecer a fiscalização e o policiamento.

Violência nas ruas

Correndo entre os carros em movimento, a auxiliar de serviços gerais Maria Luíza Mel, de 45 anos, quase foi atropelada na tarde de ontem, ao atravessar a Afonso Pena na esquina com Rua São Paulo, no Centro da capital. ;Tenho perícia médica e já estou atrasada;, disse Maria Luíza, na tentativa de justificar a pressa. Ela ficou presa no meio da travessia e só não se acidentou porque alguns motorista pararam para deixá-la passar. A carioca, que mora há pouco tempo em Belo Horizonte, pôs a vida em risco ao cruzar a avenida que mais registrou atropelamentos no ano passado.

No cruzamento da Afonso Pena com São Paulo, cortado também pela Rua Tupinambás, o movimento é frenético. Mas os veículos que partem de todos os lados não intimidam pedestres apressados, que desafiam o perigo. A maioria dos que estão a pé não espera o sinal verde para a travessia. O resultado são cenas que se repetem com frequência assustadora. Na manhã de ontem, um homem usando muletas quase foi arremessado por um carro, em um dos vários episódios que resultam, a todo momento, em barulho de freadas bruscas e de buzinas.