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Prédio é interditado em São Paulo após tremores e fissuras nas paredes

postado em 14/09/2012 17:18
A interdição de um prédio residencial na capital paulista, localizado no bairro Itaim Bibi, zona sul, deixou 70 moradores desalojados ontem (13/9) depois de tremores sentidos por volta das 8h30. Uma vistoria feita por técnicos da subprefeitura de Pinheiros constatou problemas estruturais nos pilares do subsolo e no térreo da construção, em função de uma obra que estava em andamento no edifício.

Desde a noite da quinta-feira, homens trabalham no reforço da estrutura, fazendo reparos emergenciais. Após os reparos, os proprietários do prédio deverão apresentar laudos comprobatórios de segurança à subprefeitura.

De acordo o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, Jair Paca de Lima, os moradores poderão retornar aos apartamentos em no mínimo cinco dias. ;Com o retorno do pessoal, terá que colocar água na caixa, ter um sistema de combate à prevenção a incêndio em dia. Tudo isso causa mais sobrecarga no prédio, daí a necessidade de um tempo;, informou.

No dia 11 de agosto, o prédio já havia apresentado tremores. Na época, não houve necessidade de interdição, de acordo com o coordenador da Defesa Civil. Porém, com a continuidade da reforma, o problema se agravou. ;Esse prédio tem mais de 50 anos. A continuação dos trabalhos deve ter afetado a estrutura, deve ter sobrecarregado uma parte dessas colunas. Daí, ocorreram as fissuras;, disse.

No mês passado, a subprefeitura constatou que um pilar do subsolo do edifício apresentava estufamento. ;Na ocasião, foi efetuado o auto de intimação determinando o reforço da estrutura dos pilares da garagem;, disse a Defesa Civil.

Alguns moradores, como Maria Aparecida Otero Loyola, dizem que a reforma que desencadeou o problema na edificação era feita pelo Hospital São Luís, vizinho ao condomínio. O hospital confirma ser proprietário de algumas lojas que fazem parte do prédio. Mas informou, em nota, que obteve a aprovação para a reforma, em assembleia do condomínio. ;Como o condomínio necessitava de melhorias em sua estrutura, o hospital se propôs a contratar a empresa que realizaria a obra;.

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Hoje, alguns moradores estiveram no local para recolher pertences, mas não puderam permanecer mais do que três minutos dentro do prédio. Maria Aparecida, de 67 anos, é aposentada e mora há 11 anos no condomínio, com a sua filha e o neto. Na hora do abalo, ela conta que estava sentada no sofá, tomando café. ;Houve um estrondo e o sofá deu uma arriada. A minha filha escorregou da cama;, lembra.

A aposentada conta que o primeiro abalo, em agosto, foi mais fraco, mas quebrou suas louças, armário e azulejo. Agora, ela está hospedada em um hotel, com as diárias pagas pelo hospital.

Maria de Lurdes Dower, de 73 anos, é professora aposentada e mora há nove anos no local. No momento do tremor, ela dormia. ;Eu não escutei nada, estava dormindo. A hora que o interfone tocou, falaram para pegar os documentos e descer correndo;, conta. Maria está, agora, hospedada na casa de parentes.

Consultada, a subprefeitura informou que o prédio tinha alvará para as reformas que vinham sendo feitas.

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