Brasil

Doação de coração esbarra em manutenção do órgão, diz cirugião do INC

postado em 27/09/2012 16:47

Rio de Janeiro ; A doação de coração em casos de morte encefálica tem um aproveitamento baixo no país, segundo o cirurgião do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Andrey Monteiro. A média é 30% de aproveitamento.

Responsável pelo Setor de Transplantes do INC, Monteiro disse que, ao menos no Rio de Janeiro, a tendência é haver uma melhora gradual, mas que, além da necessidade de campanhas para aumentar o número de doadores, é necessário um esforço maior pelos órgãos normatizadores e pelas centrais de transplante para estabelecer políticas de conscientização entre as equipes de saúde.

;Várias vezes quando chegamos nessas unidades [hospitais e serviços de emergência], o doador já está com sinais de degradação da condição cardíaca e não temos condições de aproveitar o órgão, mesmo quando a família concorda [com a doação] e após todo o protocolo de morte encefálica;, explica o cirurgião.

[SAIBAMAIS] Para Monteiro, as equipes optam, em certos momentos, em priorizar os pacientes viáveis, não levando em conta a importância dos órgãos do doador para outros pacientes.

Nesta quinta-feira (27/9), celebra-se o Dia Nacional de Doação de Órgãos. O INC é referência nacional para transplantes cardíacos em adultos e crianças. Hoje, no país, há cerca de 300 pessoas aguardando doações desse órgão.

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