postado em 30/09/2012 16:14
Apoiado com R$ 25 mil obtidos em um edital do Fundo Brasil, o Comitê Popular da Copa de São Paulo vai intensificar as ações para mobilizar os atingidos pelas obras de preparação para a Copa do Mundo de 2014. Criados em várias capitais do país para discutir os impactos e as violações de direitos humanos relacionados aos grandes eventos esportivos, os comitês populares são articulações de movimentos sociais, pesquisadores, militantes e estudantes
O Fundo Brasil é uma entidade privada que apoia desde 2006 projetos relacionados a direitos humanos. Este ano, o fundo lançou, em parceria com a Fundação Ford, um edital específico para iniciativas ligadas aos impactos dos megaeventos. Segundo a coordenadora de projetos da entidade, Maíra Junqueira, o direcionamento foi feito a partir da percepção de que o tema ganhou importância nos últimos anos. ;Nos últimos dois anos, a gente começou, cada vez mais, a notar as políticas de desenvolvimento na temática dos projetos que recebíamos;, ressaltou.
Além do comitê popular paulista, também serão apoiadas com verba de R$ 25 mil as organizações de Porto Alegre, Belo Horizonte, do Rio de Janeiro e de Curitiba. Ao todo, 13 iniciativas selecionadas entre 258 propostas receberão o incentivo.
Em São Paulo, serão organizadas oficinas e debates, principalmente nas três áreas apontadas como as mais afetadas pelo comitê: o entorno no futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste; a região por onde passará o Trecho Norte do Rodoanel e a região central, que deve passar por intenso processo de revitalização.
Em Itaquera, a pesquisadora e participante do comitê popular Juliana Machado estima que 20 mil pessoas podem ser removidas. ;A população está sob ameaça de ser removida da região por estar próxima ao estádio, onde ainda há algumas favelas. A gente acredita, pelo que viu dos projetos do governo do estado e da prefeitura, que muitas dessas comunidades serão removidas para dar lugar às obras, avenidas de acesso".
Para Juliana, a aproximação dos eventos esportivos e a boa situação econômica do país acabaram dando impulso a uma série de projetos. ;Muitos, inclusive, que estavam engavetados há muitos anos e, com a Copa do Mundo e o crescimento do país, saíram da gaveta e foram intensificados;.
Por isso, o comitê pretende, além de promover as discussões, elaborar material de propaganda de forma a mobilizar as comunidades para lutar por seus direitos. ;Precisamos divulgar, com linguagem acessível, para as pessoas entenderem que a gente não tem nada contra o futebol e a Copa do Mundo, mas contra essas violações;, explicou. Os vídeos e panfletos deverão ser feitos com o dinheiro recebido do edital.
O Fundo Brasil é uma entidade privada que apoia desde 2006 projetos relacionados a direitos humanos. Este ano, o fundo lançou, em parceria com a Fundação Ford, um edital específico para iniciativas ligadas aos impactos dos megaeventos. Segundo a coordenadora de projetos da entidade, Maíra Junqueira, o direcionamento foi feito a partir da percepção de que o tema ganhou importância nos últimos anos. ;Nos últimos dois anos, a gente começou, cada vez mais, a notar as políticas de desenvolvimento na temática dos projetos que recebíamos;, ressaltou.
Além do comitê popular paulista, também serão apoiadas com verba de R$ 25 mil as organizações de Porto Alegre, Belo Horizonte, do Rio de Janeiro e de Curitiba. Ao todo, 13 iniciativas selecionadas entre 258 propostas receberão o incentivo.
Em São Paulo, serão organizadas oficinas e debates, principalmente nas três áreas apontadas como as mais afetadas pelo comitê: o entorno no futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste; a região por onde passará o Trecho Norte do Rodoanel e a região central, que deve passar por intenso processo de revitalização.
Em Itaquera, a pesquisadora e participante do comitê popular Juliana Machado estima que 20 mil pessoas podem ser removidas. ;A população está sob ameaça de ser removida da região por estar próxima ao estádio, onde ainda há algumas favelas. A gente acredita, pelo que viu dos projetos do governo do estado e da prefeitura, que muitas dessas comunidades serão removidas para dar lugar às obras, avenidas de acesso".
Para Juliana, a aproximação dos eventos esportivos e a boa situação econômica do país acabaram dando impulso a uma série de projetos. ;Muitos, inclusive, que estavam engavetados há muitos anos e, com a Copa do Mundo e o crescimento do país, saíram da gaveta e foram intensificados;.
Por isso, o comitê pretende, além de promover as discussões, elaborar material de propaganda de forma a mobilizar as comunidades para lutar por seus direitos. ;Precisamos divulgar, com linguagem acessível, para as pessoas entenderem que a gente não tem nada contra o futebol e a Copa do Mundo, mas contra essas violações;, explicou. Os vídeos e panfletos deverão ser feitos com o dinheiro recebido do edital.